sexta-feira, 31 de julho de 2009

O Cristianismo está repleto daqueles que conheceram Jesus segundo a carne.


O cristianismo está repleto daqueles que conheceram Jesus segundo a carne.


Como podemos conhecer Jesus nos evangelhos e, por tal via, confessarmos que O conhecemos pela fé, e, ainda assim, nos deixarmos levar por tantas outras coisas chamadas espirituais que nada têm a ver com Jesus ou com o espírito do Evangelho? Paulo falou de conhecer Jesus no espírito e conhecer Jesus segundo a carne. Ora, conhecer Jesus segundo a carne é conhecer apenas o Jesus-Informação-Histórico-Religiosa. Nos dias de Paulo, essa denúncia também incidia sobre aqueles que se diziam discípulos de Jesus mas viviam na Lei, e não na Graça. Conquanto Jesus seja também uma informação histórica — afinal Ele existiu, e nós não estávamos lá quando isso aconteceu, razão pela qual dependemos completamente das descrições que os evangelhos fazem de Jesus a fim de melhor discernir Seu espírito —, no entanto, o discernimento de Quem Ele era só acontece como revelação de Deus no coração. Do contrário, a pessoa pode até confessar a Jesus como Senhor, mas fazer isso como crença religiosa, e não como o fruto de uma relação de Conhecimento de Jesus A História do Cristianismo está marcada por aqueles que conheceram Jesus segundo a carne (a maioria quase absoluta) e aqueles que O conheceram segundo o espírito. Aliás, se fôssemos medir qual dos inimigos do Evangelho mais demandaram energia de Jesus e de Paulo, veríamos que o diabo, o mundo, o império romano e todas as Potestades não estiveram na “pauta dos incômodos” de suas vidas tanto quanto os que conheciam Jesus apenas segundo a carne. Jesus “gastou mais energia” nos encontros com escribas, fariseus, saduceus e autoridades do Templo do que com qualquer outra forma de oposição. Seus suspiros de angústia sempre foram provocados por estes. Já Paulo teve nos “falsos irmãos” e nos “judeus zelosos da lei” seus maiores inimigos. É como combate às heresias que pretendiam relativizar a Graça de Deus que o tema central de suas cartas acontece, ora combatendo o ascetismo religioso de influência grega, que buscava purificação pela abstinência de quase tudo ou pelo conhecimento de supostos mistérios, ora enfrentando as mesmas relativizações da Graça que eram feitas pelo outro pólo, o pólo da Lei, que, se fosse crida como estando ainda vigente, desconstruiria o significado da Cruz de Cristo. A respeito disso Paulo diz que a Lei morreu com Ele na Cruz para que, agora, libertos de nosso antigo e penoso casamento com a Lei, pudéssemos ficar livres para nos casar de novo, agora com a Graça de Deus em Cristo. Desse modo, conhecer Jesus apenas segundo a carne faz de muita gente vampiros sugadores da energia de almas boas. Sim, porque os que mais sugaram o sangue de Paulo foram estes. É esse conhecimento de Jesus segundo a carne, apenas como informação histórica e dogmática, o que mais drena a energia espiritual de quem deveria estar pregando o Reino de Deus, e não sendo sugado pelas sanguessugas da religião. Eu ousaria dizer que talvez 95 por cento do que suga a nossa energia na “causa cristã” nada tem a ver com Jesus segundo o espírito, mas apenas com o Jesus segundo a carne. Ora, isso vai das formalidades e das politicagens dos concílios e das convenções denominacionais e ministeriais até as mais cretinas formas de perversidade praticadas em nome de Jesus, feitas de fofocas, intrigas, intervenções, tiranias, perseguições neuróticas e invenções mirabolantes que tiram a simplicidade do Evangelho, fazendo dele um feioso produto da religião.Conhecer Jesus apenas segundo a carne faz mais mal do que não conhecer Jesus de modo algum. Isso porque nenhuma perversidade é mais chocante do que aquela que se faz em nome de Jesus ou que se torna farisaísmo legalista feito em nome dEle, pois isso introjeta o oposto na alma: o ser-diabo, como Judas, que O conheceu segundo a carne apenas.Paulo um dia conheceu Jesus como informação histórica apenas, e dedicou-se a acabar com Ele na Terra. Resfolegava ódio. Ficou perverso. Torturou. Fez muitos sentirem tanto medo e dor que negaram a própria fé Paulo foi membro do “DOI COD” dos que apenas conhecem Jesus “de fora”. É que qualquer associação com Jesus que não seja no espírito, como conhecimento relacional, mediante apenas a fé, não tem o poder de fazer bem, embora tenha o poder de fazer o pior mal, que é o Mal de Lúcifer: aquele que vira diabo na presença-não-amada-de-DeusSim, eu lhes digo, amigos, sem medo de errar: é melhor que uma pessoa não conheça nada de Jesus e viva solitária e ignorante na beira de um barranco de um rio da África ou do Amazonas do que dizer que conhece Jesus quando apenas conhece a Sua suposta representação: a igreja e seus muitos e muitos ídolos, lugar onde muitas vezes reina a soberba, que foi a condenação do diabo.·Sim! É melhor nada saber do que pensar que sabe e, naquele Dia, ouvir o Senhor dizer: “Eu nunca vos conheci”. Conhecer Jesus segundo o espírito é conhecer o espírito do Evangelho, e, no poder e na liberdade no Espírito Santo, experimentar o Evangelho como supremo benefício para a vidaConhecer Jesus segundo a carne é como olhar para um Objeto do lado de fora, observando-o. Já conhecer Jesus segundo o espírito é como ver “de dentro” da Pessoa dEle. Sim, você passa a ver tudo “de dentro”, não mais “de fora”. E isso só acontece como iluminação dos olhos do coração, os quais só são abertos pela manifestação da Graça, abrindo o entendimento. Do contrário, nem todos os seminários de teologia podem abrir espiritualmente o entendimento de ninguém.Enquanto Deus é visto “de fora” e não “de dentro” dEle, saiba: a pessoa não conheceu ainda o que é "estar em Cristo”.Ora, “estar em Cristo” é de fato estar em Cristo. Daí em diante se vive e se vê “de dentro”, pois, pela mesma razão, se pode também dizer: “Cristo vive em mim!”


NEle,

Caio

Bom para refletir
Wagner

terça-feira, 28 de julho de 2009

O Diabo Adora Falar em Deus



O DIABO ADORA FALAR EM DEUS!

“Deus” como tema é o diabo da História!
Sim! Porque em nome do diabo nunca se guerreou, nem se tomou reinos, ou tribos ou qualquer coisa. Porém, seja pela via da ação pagã mais primitiva, ou mediante a ação cristã mais que pagã, a História testemunha que todas as calamidades não naturais, tiveram no tema “Deus” suas justificativas ou seus álibis de morte, domínio, homicídio, inquisição, tortura, chacina, espoliação de bens, terras e recursos; assim como a destruição das culturas encontradas, as quais foram e são substituídas pela cultura do “Deus tema”, a qual mata mais que qualquer outra força histórica.
Desse modo, pelas evidências da História, não há como não dizer [concordando com Baudelaire] que “se há um ‘deus’ é o diabo”.
Esse “Deus” dos temas da morte nada tem a ver com Jesus. Pode ser “cristão”, pode ser o pai do “Cristianismo”, pode ser o Deus dos “iluminados ocidentais” que construíram o presente mundo em chamas — todavia, mesmo assim, ou, justamente por tais razões, “ele” é o diabo.
Fica impossível pensar que o ladrão vem para matar, roubar e destruir [em contrapartida Jesus veio para dar vida, e vida em abundancia] — e não pensar que esse “Deus” das guerras, das verdades que matam, do reino que esmaga e destrói, das conquistas que roubam tesouros, que destroem vidas, acervos e culturas..., e não ver que tais ações, em nome de “tal Deus”, foram e são obra do diabo.
O diabo é o grande pai das ações feitas “em nome de Deus” e que só acontecem para matar, roubar, destruir, julgar, culpar, amargurar, enviuvar, criar órfãos, dizimar povos, aniquilar pessoinhas ingênuas; e gerar o “Cristianismo”, que é uma potestade criada nos porões da Roma Imperial, e que se mantém cada vez mais viva como poder de ódio e discriminação, apesar da chamada Era Pós Cristã.
Assim, quem quer que queira servir ao diabo faça de “Deus” o tema das batalhas!
Digo isto com toda responsabilidade [e aqui no site já disse coisas bem mais fortes sobre o assunto]; e o digo sem medo de equivoco; pois, tanto a Palavra me diz que estou certo, como também a História dá horrível testemunho acerca dessa minha certeza.
Deus sem Jesus é o diabo dos povos!
E “Jesus” sem Evangelho é o demônio mais disfarçado que o diabo já viu ser criado; isso para não falar que no processo humano da “criação do Deus cristão”, quem animava tais arquiteturas e modelamentos era o próprio diabo.
Jesus expulsa esse “Jesus” como quem expulsa ao diabo; e repreende esse “Deus” como quem repreende Satanás.
Quem disse que o Templo se tornara morada de demônios humanos e também invisíveis, é o mesmo que inspirou Paulo a dizer que os sacrifícios oferecidos em nome de Deus e realizados no espírito da religião de pedras, leis e morte, eram sacrifícios feitos aos demônios, e não a Deus.
Assim, a macumba está onde ela é vista; porém, a pior de todas é aquela que usa “Deus” como mascara para o diabo.
Leia a Palavra, a História e a vida. Então, ouse dizer que estou exagerando. Mas não antes disso. Ou seja: se você é ignorante, fique calado; e se não é, pense sem preconceitos, e veja se seu ânimo nazi-religioso ou nazi-cristão procede de Deus, conforme Jesus, ou se vem diretamente da agência de estelionato do inferno.

Nele, em Quem reside minha autoridade,
Caio Fabio

Que essa reflexão possa nos fazer refletir

Wagner

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Riqueza dos Sacerdotes



A Riqueza dos Sacerdotes




A riqueza fabulosa do tesouro do Templo tem uma explicação um tanto irônica. A Bíblia exige que o dízimo, isto é, dez por cento de toda produção anual da terra de Israel, seja dado à tribo sacerdotal dos levitas (Num 18.21), porque só eles entre as Doze Tribos não receberam nenhuma terra, uma vez que seus deveres no templo impediam que trabalhassem na lavoura. No tempo de Jesus, no século primeiro, na interpretação da aristocracia sacerdotal e seus auxiliares, os escribas – funcionários que eram treinados para ler e escrever -, a passagem bíblica significava que a classe sacerdotal podia possuir terras desde que eles próprios não as cultivassem. Assim, a idéia bíblica foi invertida por completo: enquanto em épocas anteriores a tribo sacerdotal (os Levitas) não tinha posses e precisavam ser sustentados pelas oferendas voluntárias do resto da nação, agora uma aristocracia sacerdotal fabulosamente rica adquiria mais riquezas ainda pela imposição do dízimo e de outros “tributos religiosos” à maioria empobrecida dos fiéis.
Os sacerdotes e seus escribas declaravam que a Bíblia exigia um dízimo de todas as mercadorias para a manutenção dos sacerdotes e que Deus exigia um “imposto individual”, meio siclo a ser doado anualmente para os sacrifícios cotidianos necessários para manter o Templo puro. Essa última quantia era o equivalente a remuneração de dois dias e um diarista com um bom emprego. Também decretaram que todo ano as famílias deveriam gastar outra décima parte da renda anual em peregrinações a Jerusalém para as festas importantes da Páscoa, de Pentecostes e das Tendas. Finalmente, um terceiro dízimo da renda da pessoa devia ser entregue ao Templo a cada três anos, para os pobres. Havia também diversos sacrifícios exigidos de todo Judeu. Tantos sacrifícios eram realizados no altar principal do Templo de Jerusalém, que ele estava continuamente em uso, com dezenas e mesmo centenas de milhares animais sacrificados todo ano.
A aristocracia sacerdotal transformou as regras para o sacrifício a Deus na Bíblia em um sistema sofisticado de tributo necessário a Deus e de purificação por toda e qualquer infração a Lei. Eram consideradas necessárias para a reintegração do povo Judeu depois do exílio como os únicos escolhidos de Deus. O sacrifício queimado cotidiano (holocausto) de um cordeiro ao amanhecer e outro ao anoitecer era entendido como expressão de que só Deus era fonte de todos os bens necessários para a vida. Sacrifícios de pureza eram entendidos como uma espécie de purificação do próprio Templo. Eram considerados como oferendas para reparar a profanação que se pensava acontecer quando pecados individuais insultavam Deus. Os chamados sacrifícios de paz eram feitos para solenizar um juramento, e os sacrifícios de louvor eram feitos para celebrar as bênçãos divinas do passado e reafirmar a vocação e Israel como povo escolhido de Deus. Embora esses dois últimos sacrifícios fossem consumados pelos fiéis que os ofereciam, somente os sacerdotes podiam comer a carne dos sacrifícios de reparação. Na verdade, os sacerdotes comiam tanta carne que o Talmude judaico diz que eles estavam sempre doentes devido ao excesso de comida. Embora as carcaças dos holocaustos fossem completamente consumidas pelo fogo, os sacerdotes recebiam os couros dos animais para seu uso.

Eles eram criativos para roubar dinheiro do povo. E você?
Os “sacerdotes” de hoje, são tão criativos quanto.

Religiões instituídas são todas iguais.
Não se deixe enganar.

Mensagem Urgente de Jesus Para Hoje
Elliott C. Maloney


Pense muito nisso!
Wagner

sábado, 25 de julho de 2009

Ser e Agir



Ser e Agir

Ser e agir tornam-se um, em nossa vida, quando a nossa vida e nosso ser são um “martírio” da verdade. Com isso nos identificamos com Cristo, que disse: “Para isto Eu nasci e para isto vim ao mundo, para que desse testemunho à verdade” (Jo 18.37).
Nossa vocação é precisamente esta: dar testemunho da verdade de Cristo, abandonando nossa vida às Suas ordens. Por isso, acrescentou Ele: “Todo aquele que é da verdade, ouve a Minha voz.” E em outro lugar: “ Eu conheço as minhas ovelhas, e elas Me conhecem” (Jo 10.14).
Esse testemunho não precisa tomar a forma especial de uma morte pública e política em defesa de verdade ou da virtude cristã. Mas não podemos evitar a “morte” da nossa própria vontade e das tendências naturais e paixões desordenadas da nossa carne e de todo o nosso “ser” egoísta, para que nos submetamos ao que a nossa consciência nos afirma ser a verdade, a vontade de Deus e a inspiração do Espírito de Cristo.
Por conseguinte, é imprescindível o ascetismo na vida cristã. Não podemos escapar ao dever de nos regenerarmos a nós mesmos. Essa obrigação se torna inevitável pelo fato de que a verdade não pode viver em nós sem que, livremente, reconheçamos em nossa alma, e dela expulsemos, a falsidade do pecado. Esse é o único trabalho que só depende de nós, e é preciso termos a coragem de fazê-lo se quisermos viver como fomos chamados a viver, e encontrar Deus em nosso verdadeiro ser.
Ninguém pode, em nosso lugar, converter a nossa mente para a verdade, renunciar ao erro, converter do egoísmo para a caridade e do pecado para Deus a nossa vontade. O exemplo de outras pessoas pode ajudar-nos nesse trabalho. Mas somente nós podemos fazê-lo.
Não possuiremos plenamente a verdade enquanto ela não tiver penetrado na própria essência pelos bons hábitos e por uma boa dose de perfeição moral.
As maiores tentações não são aquelas que solicitam abertamente o consentimento a um pecado, ma s aquelas que nos oferecem grandes males, disfarçados em grandes bens.
Esses bens aparentes devem ser sacrificados precisamente como bens antes que possamos dizer se são bons ou maus. Mas ainda. As coisas que somos chamados a sacrificar podem de fato continuar perfeitamente boas em si.
A realização de cada vocação individual exige não só a renuncia do que é mau em si mesmo, mas também a de todos os bens que Deus não quer expressamente para nós.

Para que o EU verdadeiro apareça, é preciso ter muita coragem e integridade para fazer tal sacrifício.
Vejo muito discurso, mas muito pouco estão abrindo mão dos benefícios.

Pense nisso.

Homem Algum é uma Ilha
Thomas Merton

Wagner

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Reflexão


Reflexão


Romanos 7.24
Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?

Romanos 7.25
Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente, sou escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne, da lei do pecado.

O ponto de exclamação revela o grito do apóstolo porque ele se descobre pecador quando a lei da nome ao pecado. Ele teve a ousadia de confessar que existe uma lei em seus membros que guerreia contra a lei da sua mente, fazendo dele um prisioneiro do pecado, a ponto dele falar que o bem que ele queria fazer ele não fazia, mas o mal que ele não queria fazer ele praticava.
Isso nos nivela a todos debaixo da mesma lei (a do pecado), ou alguém se acha melhor do que o apóstolo Paulo? A vida está exatamente em reconhecer que todos estamos debaixo desta lei do pecado e aprisionados em nossos membros que guerreiam contra uma lei estabelecida em nossa consciência. Essa contradição esta dentro de nós, e é por isso que não podemos estabelecer juízo sobre ninguém, estamos todos no mesmo barco da misericórdia de Deus.
Paulo gritou; porque a sua alma gritou? Nós estamos acostumados ao sagrado. Estamos familiarizados com o sagrado. Nos tornamos impermeáveis. Estamos com os corações empedernidos. As nossas mentes estão engessadas. A Palavra não interioriza em nossos corações a ponto de gerar mudanças. Nós ouvimos o tempo todo, mas a nossa vida nunca muda.
Enquanto Paulo grita reconhecendo quem ele é, nós oferecemos cultos que são enfados para Deus. Paulo grita, nós armamos o nosso circo e oferecemos uma peça de teatro como culto a Deus (que deus?).
Nos enxergar-mos como iguais, e perceber no outro a nossa própria realidade de escravo do pecado, deveria nos libertar da arrogância de julgarmos os outros em detrimento da nossa própria miséria. Tratar o outro com graça, é se colocar na posição do outro e não superior a ele.
Não coloque Deus na tua caixa de religião, porque Ele transcende em muito a tua capacidade de entende-lo. Não queira que o outro caminhe na tua caixa de religião, porque aquilo que é doutrina transcende em muito o dogma de qualquer religião. A bíblia é muito mais do que está escrito, e muito do que foi escrito se perdeu.
Quanto a mim, só uma coisa quero buscar “Amar a Deus acima de todas as coisas, e amar o meu próximo como a mim mesmo” e mais nada. Deixem que os super crentes e os “santos” sejam o árbitro sobre a vida de quem eles quiserem, porque Deus em Jesus Cristo é o árbitro de todos nós.

Que a minha alma grite o tempo todo dentro de mim como resultado da VOZ, que transcende a qualquer outra voz.

Nele,
Que fala, e suas ovelhas ouvem.

Pense nisso.
Wagner

domingo, 12 de julho de 2009

Quem é o Cego?


QUEM É O CEGO?
Evangelho de Marcos 10:46,52

46 Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando.
47 E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim.
48 E muitos o repreendiam, para que se calasse; mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de mim.
49 E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama.
50 E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.
51 E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.
52 E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.

O nome do cego é Bartimeu, Bar = filho; Timeu = afortunado. A história começa com uma sutileza impressionante. Bartimeu é um filho afortunado, mas era cego. O cego que enxerga. Os que enxergam, mas não vêem. O texto diz que o cego estava assentado junto do caminho, mendigando. Ouvindo que era Jesus de Nazaré (vejam a sutileza do texto) o texto diz: Jesus de Nazaré. Quando o cego percebe que ele está passando, começou a clamar, e a dizer filho de Davi tem misericórdia de mim. Notaram a sutileza no texto? Ele ouviu que Jesus de Nazaré estava passando, mas quando começou a clamar ele grita: Filho de Davi! Perceberam a sutileza? Porque Jesus de Nazaré estava passando e ele clama pelo filho de Davi?
Quase sempre damos muita importância as exterioridades do texto, perdendo a essência da mensagem que está por traz das linhas escritas.
Para a multidão e para os fariseus que queriam pegar Jesus em alguma falta, Jesus é apenas Jesus de Nazaré. Assim o texto denuncia que muitos que enxergam não conseguem ver e muitos cegos estão vendo. Jesus está denunciando um grupo de pessoas que tem olhos mas não vêem, que tem ouvidos mas não ouvem.
Enquanto muitos estão discutindo exterioridades como: devemos comer sem lavar as mãos ou não, que tipo de música devemos tocar nas igrejas, que tipo de roupa devemos vestir, quem está qualificado para o ministério e etc.
Assim como o texto denuncia a cegueira dos que viam, denuncia todo aquele que enxergando, promove apenas o mesmo espírito dos fariseus defensores da religião, mas só enxergam Jesus de Nazaré e não o filho de Davi.
Meus amigos, tem muito “cego” enxergando mais do que muitos pastores, e muitos pastores que só vêem Jesus de Nazaré passando. Cegos pela sua religião, estão de mãos dadas com os fariseus, enxergando Jesus no mesmo nível da religião hipócrita, cega, cercada de estereótipos, mas sem nada dentro do coração. Zelosos por fora, mas podres por dentro.

Pense nisso
Wagner

sábado, 11 de julho de 2009

Deserto Como Busca do Paraíso



Deserto Como Busca do Paraíso





Para manter firme o canto de Deus em sua vida, o religioso deve se submeter a uma contínua vigilância, deve buscar com todo coração a inocência matinal perdida, ansiar pela purificação do eu de tal forma que Deus não tenha apenas um lugar na vida, mas ocupe todos os lugares do coração. A tradição espiritual do Ocidente chamou a isso de deserto, que é uma categoria geográfica, mas espiritual. Deserto exprime o desnudamento interior, a libertação de tudo o que possa apagar, ofuscar a memória de Deus; o controle sobre todas as imagens e conceitos que perturbem a interioridade ou possam fazer concorrência com o cantus firmus e assim destruir o projeto fundamental que é deixar Deus ser o único Senhor do coração.
Esse repouso dinâmico da contemplação, o religioso conquistará na medida em que se entrega à ruminátio Dei (ruminação de Deus) pela oração, pela meditação, pela vida de serviço desinteressado e pelo diuturno esforço de realizar a experiência de Deus. Viver assim é entrar no paraíso – não paraíso geográfico do homem adamítico, mas o paraíso dentro de si, que é a recuperação da reconciliação e transparência do Divino dentro do coração. Essa integração constituía a justiça original e foi perdida, ao largo do tempo, porque Deus deixou de ser o cantus firmus. Como advertia Thomas Merton, o grande místico e escritor norte-americano dos meados do século XX: O paraíso ainda não é o céu. O paraíso não é a meta final da vida espiritual. É, em realidade, apenas uma volta ao início. É começar de novo, ganhar uma nova chance. O monge que conseguiu atingir a pureza de coração e recuperou, uma certa medida, a inocência perdida por Adão, ainda não terminou a viagem, está apenas pronto para iniciá-la. Está pronto para um novo trabalho “que olho nenhum jamais viu, ouvido nenhum jamais ouviu, nem coração nenhum pôde conceber”. A pureza de coração é o fim intermédio da vida espiritual. O fim último, porém, é o reino de Deus.


Tentando explicar a parábola dizendo:
Quem tem entendimento, entenda.

Experimentar Deus
Leonardo Boff

Wagner

O Cantus Firmus: A Memória de Deus e de Jesus Cristo


O Cantus Firmus: A Memória de Deus e de Jesus Cristo


Dar centralidade à experiência de Deus no seguimento de Jesus Cristo significa colocar essa experiência como o projeto fundamental da vida, como o pólo orientador de todas as atividades e o marco para todas as demais referências. A memória de Deus e de Jesus Cristo constitui, para usar uma bela expressão do grande teólogo protestante, mártir da resistência contra Hitler, Dietrich Bonhöffer, o cantus firmus em torno da qual cantam as outras vozes.
A partir de sua experiência de Deus, o religioso contempla o mundo, os homens, as tarefas que devem assumir dentro da igreja e da sociedade. O cultivo consciente do espaço de Deus não leva o religioso a fugir do mundo, mas conferir um colorido novo à sua relação para com o mundo. Sua atitude fundamental deverá ser como aquela de Jesus Cristo, uma atitude contemplativa que lhe permite ver, viver e saborear em todas as coisas a presença misteriosa de Deus. Os trabalhos que executará, os engajamentos que assumirá, os gestos que esboçará não são como os demais gestos, engajamentos e trabalhos. Se for realmente autêntica, sua experiência religiosa os colorirá de uma forma que eles se tornam comunicadores e reveladores dessa experiência de Deus.
Essa experiência de Deus para ser cristã virá calcada na experiência de Jesus Cristo. Isso implicará não somente a vivência da extrema proximidade de Deus, mas também do acolhimento de toda a dimensão de sombras e de trevas que a vida presente pode apresentar. A sombra negra que sempre nos acompanha também é caminho de encontro com Deus; a cruz é a forma dolorosa como nos encontramos com Deus, no completo despojamento e na perda de todas as seguranças que têm como contrapartida uma confiança sem limites naquele que pode transformar a morte em vida e o velho no novo.

Decidi por esse texto para falar quase por parábolas.
Quem tiver entendimento entenda!

Experimentar Deus
Boff Leonardo

Wagner

A Tradição Pode Fomentar a Falsa Religião


A Tradição pode Fomentar a Falsa Religião

As tradições muitas vezes são impiedades mascaradas pela beleza e aparente correção da religião. Jesus utilizou as palavras de Isaias para a nação quando se referiu à prática dos fariseus.
Pois este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendido de cor (Is 29.13).
As tradições desenvolvidas pelos homens, independentemente de quão sagradas pareçam, contêm a semente da hipocrisia. As tradições parecem boas, pois controlam as emoções, governam nosso comportamento e tendem, a adquirir posição doutrinal divina. Entretanto, as tradições, em geral, têm um lado negativo. As tradições permanecem porque funcionam e porque as pessoas conseguem vê-las. Segue-se muitas vezes as tradições de forma mecânica e descuidada. Com o tempo, a distinção entre verdade de Deus e nossas tradições fica obscurecida, e temos a tendência de nos apegar com mais tenacidade às tradições humanas que as Sagradas Escrituras.
É mais fácil obedecer às tradições que à verdade de Deus. As tradições, com freqüência, focam as ações, enquanto Deus foca as atitudes que motivam as ações. As tradições podem ser realizadas pelo poder da força interior da pessoa, enquanto a verdade de Deus exige o poder do Espírito. A verdade do Deus vivo exige um relacionamento com ele. Quando as tradições se tornam automáticas, é fácil perder a intimidade.
As nossas tradições fomentam a falsa religião e contribuem para a hipocrisia. Como evitar fomentar a falsa religião com nossas tradições? Devemos trazer as tradições para o nível consciente. Precisamos nomeá-las e afirmá-las como tradições, e não verdades, recusando-nos a dar um valor doutrinal para a tradição. Não precisamos institucionalizar as formas de sentido. É essencial que nos lembremos a quem estamos adorando e como ele quer ser adorado.
“Em espírito e em verdade” João 4.24.

Pense nisso

A Neurose da Religião
Tom Hovestol

Wagner

domingo, 5 de julho de 2009

FUNDAMENTALISMO


Fundamentalismo




Deus criou os pássaros, deliciosos brinquedos de asas. Símbolos de liberdade, eles voam. Símbolos de beleza, eles são de muitas cores e muitos cantos. Símbolos de paz de espírito, eles não têm ansiedades. Jesus até disse que deveríamos ser como eles....
Havia pássaros de todo jeito: “amarelos canarinhos, com sete cores, as saíras, pequeninas corruíras, escandalosos bem-te-vis, delicados colibris, pintassilgos e andorinhas, tico-ticos, pica-paus e cardeais, pássaros pretos e pardais, negros jacus e urubus ...”
Todos lindos. Lindos por serem diferentes. Nas cores e nos cantos. Se fossem todos iguais seria um tédio! Todos amarelos? Todos verdes? Todos brancos?
Pois Deus, que é uno e múltiplo como o vitral da catedral, Deus, que ama as diferenças, criou pássaros de todas as cores para que eles, na sua diferença de cores e de cantos, formassem um vitral vivo em que sua beleza aparecesse.
Aconteceu, entretanto, que uma cobra lisa e torcida que estava enrolada no galho de uma árvore viu assentar-se num outro galho da mesma árvore um pássaro negro conhecido pelo nome de Urubu. A cobra começou uma conversa mole:
“Bom dia senhor Urubu. Que lindas são as suas penas, tão negras! Confesso não haver visto outro pássaro que pudesse se comparar ao senhor em beleza. É certo que o seu canto tão bonito quanto a cor de suas penas, o que faz do senhor a Fênix dessas florestas, a revelação plena e total da beleza divina. Imagino que Deus diz aos seus ouvidos coisas que ele não diz aos ouvidos de nenhum outro pássaro! Se Deus desejar falar aos mortais em linguagem de pássaro, estou certo de que o senhor será o seu porta-voz!”
O Urubu ficou encantado ao ouvir as palavras da cobra. E acreditou. Os vaidosos sempre acreditam nas palavras dos aduladores.
“É isso mesmo”, o Urubu falou consigo mesmo. “Cada pássaro tem um pedacinho de Deus. Só um pedacinho. Mas eu, Urubu, tenho a plenitude da beleza divina. Assim sendo, porque perder o meu tempo ouvindo o canto do sabiá, o canto do pintassilgo, o canto do canário?... O canto deles é uma nota solta. O meu canto é a sinfonia inteira! É até perigoso que eles fiquem por aí, cantando livres pelas matas e jardins. Porque pode ser que um ouvinte tolo fique gostando do seu canto e, assim, por amor a beleza pequena de uma nota, perca a beleza plena da sinfonia. É preciso que se saiba que o canto de todos os pássaros conduz ao meu canto! Para a glória de Deus!”
E foi assim que os urubus começaram uma operação de guerra contra os outros pássaros, sob alegação de que o seu canto desviava os demais bichos do pleno conhecimento da beleza divina. Espalhou-se pela floresta a palavra de ordem: “Todos os pássaros devem cessar o seu canto. Todos os pássaros devem cantar como os Urubus. Fora do canto dos Urubus não há salvação!”
A passarinhada morreu de rir. Sabias, pintassilgos e canários comentavam: “Os Urubus devem ter enlouquecido...” E nem ligaram. Continuaram a cantar como Deus havia ordenado que cantassem.
Os Urubus, enfurecidos com a arrogância e presunção dos pássaros que não reconheciam sua superioridade, reuniram-se em concílio e tomaram uma decisão: “Se não cantam como nós, porta-vozes de Deus, cantam contra nós, cantam contra Deus. E quem canta contra Deus não tem o direito de cantar”.
Mas que passarinho pode deixar de cantar o seu canto? O pedacinho de Deus que mora em cada um não descansa. Quer cantar! Eles continuaram a cantar.
Os Urubus se puseram a campo em defesa da beleza divina e de sua própria beleza. Começaram a perseguir com bicadas os pássaros que se atreviam a cantar o canto que Deus lhes ensinara. Era a única forma de fazê-los calar. Alguns pássaros se calaram por medo de serem expulsos da floresta a bicadas. Chegaram mesmo a esquecer de como era o seu canto. Mas o fato é que muitos dos que insistiram em cantar o seu próprio canto foram entregues a cobra que, como se sabe, adora comer pássaros...
O resultado foi que os pássaros de muitas cores e de muitos cantos fugiram daquela floresta sinistra. Foram em busca de outras florestas onde não houvesse Urubus e onde pudessem cantar todos os seus cantos, ao mesmo tempo, e diferentes, para que assim se ouvisse a Grande Sinfonia.
Quanto aos Urubus, ficaram sozinhos na sua floresta. Os bichos que moravam lá se mudaram, porque não agüentavam mais ouvir todo dia o mesmo canto monótono, sempre igual, sem variações, sem contraponto, sem improvisações. Quanto a Deus não é preciso dizer que floresta Ele passou a freqüentar...


Dogmatismo e Tolerância

Rubem Alves


Sinceramente, enxergar isso é libertador.

Wagner