A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro não só nos constrange, como também no meu caso, fiquei perplexo diante do paradoxo que percebi na mensagem pregada em algumas igrejas em que pude fazer numa pesquisa rápida perguntando para algumas pessoas que participaram de cultos entre quarta e quinta feira desta semana.
Em algumas igrejas fizeram orações em prol das famílias que perderam entes queridos, perderam seus bens, perderam amigos, seus negócios e até suas histórias. Algumas “igrejas” (não consegui colocar maiúscula e sem aspas) cultuaram a deus (minúsculo) sem se importar nem com aqueles que morreram, e que inclusive eram irmãos em Cristo. Outra igreja vai fazer uma “grande coisa”, vai pedir aos membros que cooperem com alimentos para poder enviar aos necessitados. (mais uma vez aos membros e sem nenhum envolvimento da estrutura). Você pode notar que nenhum envolvimento maior está sendo feito, nada que exige esforço, me parece aquela oferta que as pessoas dão do que sobeja.
O paradoxo é exatamente a mensagem pregada diante de tragédias como essa. Enquanto pregavam que Jesus daria vitória, que ele mudaria a vida das pessoas que ali estavam, que as portas se abririam porque Ele é aquele que abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre. Ele é o médico dos médicos e que naquela noite Ele estava curando enfermidades.
Eu fico pensando: Porque tanta insensibilidade? Porque tanta indiferença? Porque o Deus que promove tantas coisas boas, de tantas vitórias, curas e abre tantas portas, não encontra numa “igreja” a disposição para pelo menos viver o que prega e manifestar com a vida o amor que é pregado?
Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor; (Is 29:13).
Esse não é o caso dessa instituição chamada de “igreja”? O fruto desses “cultos” não é a perpetuação de uma insensibilidade pedrada? Será que esse povo que se diz próximo não honra a Deus apenas de lábios e tem o seu coração longe de Deus? Que tal fecharmos os prédios e fazermos um mutirão para Deus abençoar através de nós essas vidas que já perderam tudo, e muitos até a família.
Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. (Am 5:23)
A maioria esmagadora dos pastores são amantes de si mesmos e fizeram do ministério seu emprego e meio de lucro. O povo foi acostumdo ao comodismo, e a não procura conferir tudo que está sendo falado. Enfim, está todo mundo satisfeito. O pastor ganha dinheiro, poder e vaidade, e o povo gosta de ser enganado como Jeremias disse em Jr 5.31.
Jeremias 23-1:5
1. Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2. Portanto assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes. Eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.
4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.
Pare e pense
Wagner
Olá, Wagner!
ResponderExcluirObrigado por se lembrar de nós em seu texto e também pela sua participação em meu blogue no artigo que escrevi sobre a tragédia ocorrida aqui na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Como morador de Nova Friburgo, estou sendo testemunha dessas tragédias e concordo que o melhor a ser feito é o povo de Deus partir para ação.
Conforme já tinha escrito no meu blogue, as pessoas em minha cidade estão precisando de várias coisas, dentre as quais água mineral, alimentos não perecíveis e de pronto consumo (massas e sopas desidratadas, biscoitos, cereais), leite em pó, cesta básica, colchonetes, cobertores, kits de higiene pessoal e fraldas descartáveis, etc.
Minha igreja está buscando uma ação coordenada, buscando apoio de outras congregações no Rio de Janeiro. Inclusive, os contatos podem ser feitos com o nosso Pr. Robson Rodrigues pelo telefone (22)9213-3016 e um fixo no Rio de Janeiro (21)3079-0626.
Acredito que se todos formarem uma corrente do bem nessas horas, conseguiremos amenizar um pouco o sofrimento das vítimas dessas catástrofe.
De agora em diante, quando souber de outro acontecimento semelhante em outro lugar, certamente irei me recordar do que tenho testemunhado aqui pois nem sempre quando assistimos na TV notícias de tragédias tudo parece apenas cenas cinematográficas. Nestes dias, porém, tenho visto que o filme é bem real e agradeço a Deus por eu e minha esposa estarmos vivos e ainda sem nenhum prejuízo.
Grande abraço!