quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Será que Alguns Blogueiros são Urubus?


Alguns em suas motivações, são apenas Urubus, que querem fazer do Evangelho emprego, auto promoção, negócio. Acham que mesmo sem conhecer nada de Bíblia, são capazes de fazer qualquer tipo de apologia. O pior, muitos sem conhecimento, sendo como Saulo, que matava por Deus contra Deus (mas era pelo menos honesto), mas sem conhecimento de Jesus.
Lutam contra Deus e não sabem. Buscam apenas seus próprios interesses. NÃO SABEM O QUE FALAM. SABEM O QUE FAZEM.
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OLHA QUE PÉROLA DO FUNDAMENTALISMO RSRS
Deus criou os pássaros, deliciosos brinquedos de asas. Símbolos de liberdade, eles voam. Símbolos de beleza, eles são de muitas cores e muitos cantos. Símbolos de paz de espírito, eles não têm ansiedades. Jesus até disse que deveríamos ser como eles.... Havia pássaros de todo jeito: “amarelos canarinhos, com sete cores, as saíras, pequeninas corruíras, escandalosos bem-te-vis, delicados colibris, pintassilgos e andorinhas, tico-ticos, pica-paus e cardeais, pássaros pretos e pardais, negros jacus e urubus ...”Todos lindos. Lindos por serem diferentes. Nas cores e nos cantos. Se fossem todos iguais seria um tédio! Todos amarelos? Todos verdes? Todos brancos?

Pois Deus, que é uno e múltiplo como o vitral da catedral, Deus, que ama as diferenças, criou pássaros de todas as cores para que eles, na sua diferença de cores e de cantos, formassem um vitral vivo em que sua beleza aparecesse.

Aconteceu, entretanto, que uma cobra lisa e torcida que estava enrolada no galho de uma árvore viu assentar-se num outro galho da mesma árvore um pássaro negro conhecido pelo nome de Urubu. A cobra começou uma conversa mole: “Bom dia senhor Urubu. Que lindas são as suas penas, tão negras! Confesso não haver visto outro pássaro que pudesse se comparar ao senhor em beleza. É certo que o seu canto tão bonito quanto a cor de suas penas, o que faz do senhor a Fênix dessas florestas, a revelação plena e total da beleza divina. Imagino que Deus diz aos seus ouvidos coisas que ele não diz aos ouvidos de nenhum outro pássaro! Se Deus desejar falar aos mortais em linguagem de pássaro, estou certo de que o senhor será o seu porta-voz!” O Urubu ficou encantado ao ouvir as palavras da cobra. E acreditou.

Os vaidosos sempre acreditam nas palavras dos aduladores É isso mesmo”, o Urubu falou consigo mesmo. “Cada pássaro tem um pedacinho de Deus. Só um pedacinho. Mas eu, Urubu, tenho a plenitude da beleza divina. Assim sendo, porque perder o meu tempo ouvindo o canto do sabiá, o canto do pintassilgo, o canto do canário?... O canto deles é uma nota solta. O meu canto é a sinfonia inteira! É até perigoso que eles fiquem por aí, cantando livres pelas matas e jardins. Porque pode ser que um ouvinte tolo fique gostando do seu canto e, assim, por amor a beleza pequena de uma nota, perca a beleza plena da sinfonia. É preciso que se saiba que o canto de todos os pássaros conduz ao meu canto! Para a glória de Deus!”E foi assim que os urubus começaram uma operação de guerra contra os outros pássaros, sob alegação de que o seu canto desviava os demais bichos do pleno conhecimento da beleza divina.

Espalhou-se pela floresta a palavra de ordem: “Todos os pássaros devem cessar o seu canto. Todos os pássaros devem cantar como os Urubus. Fora do canto dos Urubus não há salvação!”A passarinhada morreu de rir. Sabias, pintassilgos e canários comentavam: “Os Urubus devem ter enlouquecido...” E nem ligaram. Continuaram a cantar como Deus havia ordenado que cantassem. Os Urubus, enfurecidos com a arrogância e presunção dos pássaros que não reconheciam sua superioridade, reuniram-se em concílio e tomaram uma decisão: “Se não cantam como nós, porta-vozes de Deus, cantam contra nós, cantam contra Deus. E quem canta contra Deus não tem o direito de cantar”. Mas que passarinho pode deixar de cantar o seu canto? O pedacinho de Deus que mora em cada um não descansa. Quer cantar! Eles continuaram a cantar. Os Urubus se puseram a campo em defesa da beleza divina e de sua própria beleza. Começaram a perseguir com bicadas os pássaros que se atreviam a cantar o canto que Deus lhes ensinara. Era a única forma de fazê-los calar. Alguns pássaros se calaram por medo de serem expulsos da floresta a bicadas. Chegaram mesmo a esquecer de como era o seu canto. Mas o fato é que muitos dos que insistiram em cantar o seu próprio canto foram entregues a cobra que, como se sabe, adora comer pássaros...O resultado foi que os pássaros de muitas cores e de muitos cantos fugiram daquela floresta sinistra. Foram em busca de outras florestas onde não houvesse Urubus e onde pudessem cantar todos os seus cantos, ao mesmo tempo, e diferentes, para que assim se ouvisse a Grande Sinfonia. Quanto aos Urubus, ficaram sozinhos na sua floresta. Os bichos que moravam lá se mudaram, porque não aguentavam mais ouvir todo dia o mesmo canto monótono, sempre igual, sem variações, sem contraponto, sem improvisações. Quanto a Deus não é preciso dizer que floresta Ele passou a frequentar...

Dogmatismo e Tolerância

Rubem Alves

Sinceramente, enxergar isso é libertador.

Wagner

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tenha Mais Zelo Com a Bíblia


A Bíblia não pode ser forçada ou instrumentalizada. Ela tem sua própria mensagem e nós devemos ser fiéis à verdade nela contida. Não podemos usar a Bíblia para dar uma mensagem nossa. A Bíblia não pode ser manipulada.

Quando o assunto escolhido para uma reunião não tem seu correspondente no Evangelho, é melhor deixar em paz. Há outros documentos que podem ser citados, sem precisar instrumentalizar a Bíblia. Por isso é fundamental uma boa base bíblica. De vez em quando é necessário um cursinho bíblico.
Às vezes algumas pessoas ficam em dúvidas quando estão diante da Bíblia. Como entender a linguagem da Bíblia e algumas passagens difíceis?
Preparar-se é sinal de respeito para com o povo. Para compreender melhor a Bíblia é preciso lê-la. Na medida em que se cria familiaridade com a Sagrada Escritura, as passagens difíceis tornam-se mais claras.
Outro problema é o da linguagem. Quando se depara com trechos difíceis da Bíblia é preciso procurar quem sabe dar uma explicação correta. Quando pelo contrário, a dificuldade é menor, o dirigente e os participantes podem tentar resolver. Porém, se a dúvida persistir e for uma coisa séria deve ser levada a quem entende mais de Bíblia.

Hoje em dia tem muita gente brigando com outras igrejas por causa da Bíblia para não serem taxados de fanáticos ou fundamentalistas. Como deveríamos respeitar e se relacionar com as outras igrejas?
Ora, na Bíblia só encontramos o que procuramos. Precisamos ir a Bíblia com problemas concretos, aqueles problemas que a vida mesma levanta todos os dias. Lida com atenção, a Palavra de Deus ilumina os fatos da vida e mostra uma solução, dá uma resposta. Pode acontecer também que, lendo a Bíblia, motivados por umas perguntas nossas de repente paramos diante de uma frase que nos faz lembrar outro aspecto importante da vida que nós já estávamos até esquecendo.

A Bíblia ajudou a lembrar. Há uma interferência mútua. Não é bom envolver-se de tal maneira pelos nossos problemas a ponto de pensar que só existe aquilo e de achar que a única coisa válida é a nossa necessidade e a nossa maneira de ver as coisas, pois assim fazendo corremos o risco de reduzir a Bíblia ao nosso tamanho, e, ela não terá mais nenhuma mensagem para nós.
A Teologia da Mesa

Pare e pense
Wagner

Divórcio (Falando Mais um Pouco)



Divórcio (Falando mais um pouco)


Primeiro, quero deixar bem claro que não sou a favor do divórcio, mas entendo que na bíblia apesar de Deus ser contrário ao divórcio, temos concessões e não mandamentos sobre esse assunto.
Sou casado a 23 anos, amo a minha esposa e com certeza só a morte irá nos separar.

Dito isto:
Diferente dos “apologistas” do caos que sem conhecimento apenas reproduzem opiniões pessoais mas sem nenhum embasamento bíblico, eu estou aqui com pelo menos nove livros sobre o assunto. Falamos da vida e da Bíblia, cabendo a cada um que se propõe a estuda-la, faze-lo com cuidado, coerência, respeito e não ficarmos apenas reproduzindo os achismos de uma ortodoxia burra, engessada que só satisfaz o ego e o desejo de auto promoção para fins e motivações que provavelmente serão queimadas no dia do juízo.

O Divórcio Não é Compulsório

O Casamento Foi Instituído por Deus, o divórcio não. O casamento é ordenado por Deus o divórcio não. O casamento agrada a Deus o divórcio não. Deus permite o divórcio, mas jamais o ordena. Ele jamais foi o ideal para a família.
Os códigos mais antigos da humanidade já configuravam o divórcio como uma instituição social inquestionável. O código de Hamurabi (1792 – 1750 a.C) legislou claramente sobre o divórcio.
A – Artigo 128 – O casamento sem contrato escrito é considerado de pleno direito;
B – Artigo 134 – Admite o divórcio para a mulher de um prisioneiro que não tiver renda suficiente para garantir sua sobrevivência;
C – Artigo 136 – Admite o divórcio para a mulher de um foragido;
D – Artigo 137 e 140 – Admitem o divórcio por qualquer motivo, desde que sejam respeitados de dote e herança;
E – Artigo 141 – Dá ao marido o direito de se divorciar de uma mulher de má índole para casar com outra;
F – Artigo 142 – Dá a mulher o direito de se divorciar de um marido relaxado, impotente, irresponsável ou desonesto;
G – Artigo 144 e 147 – Tratam do concubinato;
H – Artigo 148 – Permite que o marido se case com outra mulher se a primeira for acometida de doença incurável, mas ele fica obrigado a cuidar dela.

Abraão foi herdeiro da cultura semítica. Essa cultura teve influência sobre ele, sobre seus filhos, sobre os hebreus que foram para o Egito, chegando até Moisés. Moisés foi educado em toda a sabedoria do Egito e tinha clara noção da cultura siro-babilônica. Assim, Moisés não foi o primeiro legislador a tratar do divórcio. Ele não ordenou o divórcio, apenas permitiu o seu uso, mas não por qualquer motivo.

O ensino de Moisés sobre divórcio em Dt 24.1- 4 revela três pontos básicos: Primeiro, o divórcio foi permitido com o objetivo de proibir o homem de tornar a casar com a primeira esposa, depois de ter se divorciado dela. O propósito da lei era proteger a mulher das artimanhas de um esposo imprevisível e talvez cruel. Desta forma, a lei não foi estabelecida para estimular o divórcio. Segundo, o marido tinha permissão de se divorciar no caso de achar na esposa alguma coisa indecente. Por último, se o divórcio era permitido, e se o segundo casamento também era, todas as culturas do mundo antigo entendiam que o divórcio trazia consigo a permissão de um novo casamento.

Os fariseus interpretavam equivocadamente a Lei de Moisés sobre o divórcio; eles a entendiam como um mandamento, enquanto Cristo considerou-a uma permissão, uma tolerância. Moisés não ordenou o divórcio, ele permitiu.
É de suma importância entender pelo menos três ensinos fundamentais de Jesus sobre esse assunto, em sua resposta aos fariseus.

O primeiro ensino é que há uma absoluta diferença entre ordenança (eneteilato) e permissão (epetrepsem). John Murray em seu livro Divorse é enfático em reafirmar essa incontroversa interpretação de Jesus: divórcio não é uma ordenança e sim uma permissão.
Edward Dobson afirma que a permissão para o divórcio na lei Mosaica era para proteger a esposa de um marido mau e não de uma autorização para ele se divorciar dela por qualquer motivo. O entendimento era que se o divórcio não fosse permitido em alguns casos, as mulheres poderiam ser expostas a grandes dificuldades e sofrimentos pelas crueldades de seus maridos.

Continuaremos!

Texto do Reverendo Hernandes Dias Lopes

Quem o conhece, sabe que ele é uma referencia ética e conhecimento bíblico.

Leia e estude
Wagner

sábado, 26 de setembro de 2009

A Graça: Graças a Deus Pela Sua Graça



“Um bebê que fala...”.



Certa vez um médico que estava para marcar um trabalho de parto, se aproximou do ventre de uma jovem grávida, bateu na barriga dela e perguntou ao bebê: Tem alguém aí? O bebê respondeu: Tem, mas não tenho tempo para ninguém! Estou de agenda cheia. __ O médico continuou__ Pôxa! Você é mesmo muito esperto! Quantos anos você tem? __ O bebê retrucou: Ainda não tenho nenhum ano não. Tenho apenas oito meses! O médico retomou curioso__ Você sabia que daqui a um mês você será expulso daí, da barriga de sua mãe, e irá começar uma nova forma de vida? __ O bebê__ Que nada! Tudo está tão bem aqui dentro da barriga de minha mãe, para que me preocupar com mudanças! __ O médico__ Tem que se preocupar sim. A vida aqui fora do útero de sua mãe, com certeza, será totalmente diferente desta que você vive aí dentro. Por exemplo, aqui fora você vai ter que usar vestimentas, fraldas descartáveis, roupas de marcas... O teu pai vai te iniciar no mundo do consumismo! __ O bebê: Para que vou esquentar com esse negócio de roupas, se estou aqui nu, pelado, de ‘mão no bolso!’ __ O médico__ Você vai ter que esquentar sim menino, e sabe porque? Porque a sua próxima alimentação aqui de fora, será muito diferente. A tua mãe vai te dar leite, enlatado, ensacado, em pó, iogurtes e outras bugigangas, inclusive rapadura diet... __ O Bebê__ Alimentação? Que nada! Aqui dentro eu tenho o cordão umbilical que me liga a minha mãe e me alimenta tranqüilamente. __ O médico__ Você tem mesmo que se preocupar, pois a vida aqui do lado de fora, é muita agitada, violenta, muita bala perdida etc... Por exemplo, na Paróquia onde sua mãe freqüenta, todas as vezes que o padre levanta o cálice ele o desce furado. Isso tudo por causa da violência! __ O bebê__ Eu não tenho medo de bala nenhuma não, aqui tudo o que acontece é para me proteger. Se minha mãe, por exemplo, recebe uma pancada na barriga dela, eu fico aqui dentro bem protegido nesta bolsa amniótica, só me balançando como se estivesse numa rede...
Aí chega finalmente então o dia em que este bebê vai nascer, e o que acontece? Ele chora! Porque será que ele chora? Logo, estamos novamente diante do mistério. Porque será mesmo que ele chora, perguntamos mais uma vez. Será que foi a violência na hora do parto? Ou a vida aqui fora é totalmente diferente daquela vida uterina? Ou foi a palmada que o médico lhe deu para que ele chorasse?

Assim, somos nós diante dos tantos desafios da nossa vida. Diante das perdas, das limitações, dos fracassos, das mais variadas frustrações, da própria morte, diante do mistério em si. Às vezes temos a impressão de que a vida está desabando em nossa volta. O mundo está ruindo, tudo está se quebrando com muita facilidade. Entretanto, neste ínterim, temos também aquela sensação de que as tribulações da nossa existência acabam sempre rasgando os nossos mais grandiosos sonhos. O sofrimento a nossa volta se comporta como uma espécie de bisturi que sai cortando toda a nossa vida, fé, esperança e amor que partilhamos consigo mesmo e também com os outros. Mas, quando tudo parece que está perdido, Deus vem enfim então nos costurando com sua agulha da Graça, fazendo com que o mistério de seu amor em si seja realmente desvendado. Enquanto isso, você pensa que está caindo num certo abismo profundo, no aparente vazio de sua própria miséria, circunstância conflituosa, angústia sem fim ou situação-limite, onde na verdade, você está caindo nas mãos e na graça de Deus.

Sendo assim, esta importante revelação do mistério em si, só se dá de fato, com a abertura do novo, que a própria graça nos traz, deixando-nos muitas vezes perplexos diante da falta de preparação para se encontrar com este seu mesmo desabrochar fascinante. Por isto precisamos, antes de qualquer iniciativa, nos preparar bem. Precisamos estar atentos, vigilantes, abertos para este dinamismo maior do amor.

É isso aí amigos! Nem sempre estamos devidamente preparados para um encontro definitivo com o próprio mistério. Desde o nosso nascimento até esta gritante realidade tão temida, que é a nossa morte, ficamos enigmáticos diante deste dinamismo do mistério em si. Isso tudo porque o mistério nos fascina, nos encanta, nos convida a desvendá-lo. Na verdade temos dentro de nós, uma certa nostalgia para nos inclinarmos diante do grande mistério enquanto tal. “Do início até o fim ele vai se revelando, mostrando sua face, tirando-nos a vida humana como se tira uma roupa, como se gasta uma vela acesa”, até deixar-nos totalmente sem nada desabrochando-nos enfim, na realidade máxima da vida que é o nosso ápice na própria morte, onde nascemos enfim para uma vida definitiva, em plenitude.

Damasceno Pena

Pare e Reflita
Wagner

MALEDICÊNCIA DEIXA DE FORA


Maledicência
1 Qualidade de quem é maledicente ou maldizente
2 Ação ou hábito de dizer mal dos outros; difamação, detração, maldizer.


Eu gostaria de perguntar aos exegetas. Estou errado?


Existem princípios de interpretação, (e quero falar especificamente sobre divórcio) que devem ser observado para não cairmos no extremismo.
Para a interpretação bíblica, qualquer assunto que existem mais de uma interpretação ou correntes teológicas que em alguns pontos diferem entre si, não podemos dizer que a nossa posição é a única certa. Existem posições diferentes para vários temas da bíblia e inclusive sobre divórcio, porque existem biblicamente concessões que precisam ser avaliadas, cultura que precisa ser muito bem estudada e a aplicação (hermenêutica), precisa abordar inclusive questões atuais para uma melhor atualização e entendimento do referido tema.

Dito isto:
Não posso afirmar nada sobre qualquer pessoas divorciada e casada de novo, e inclusive afirmar biblicamente que ela é adúltera por ter contraído novo casamento, e nem dizer que não pode exercer qualquer função ministerial.

Afirmar maldição ou dizer que alguém é isso ou aquilo, primeiro não compete a mim, e Deus não me dá esse direito de fazer isso com ninguém, não só porque estamos todos no mesmo barco, como também Deus avalia com categorias e critérios que transcende a minha capacidade de discernir e entender qualquer outra pessoa.

Para que eu afirme qualquer coisa sobre alguém biblicamente, esse assunto deve estar esgotado e definido teologicamente. Exemplo: (Jesus é o nosso salvador) (Jesus é nosso Senhor). Isso pode se afirmar porque é um assunto definido, fechado e é consenso em todas as correntes teológicas.
Sem que isso aconteça, não podemos dizer no caso específico (divórcio e novo casamento), que alguém está em adultério, porque não é um assunto fechado teologicamente e para muitos ainda não há consenso.

O perigo de dizer e rotular alguém pelo que diz ou por qualquer outra coisa sem que esse assunto esteja fechado, é MALEDICÊNCIA, principalmente uma maldade e PECADO. Quem pratica esse pecado FICARÁ DE FORA IGUAL AO ADÚLTERO segundo a bíblia.

Provérbio diz: Há seis coisas que o Senhor odeia, sete que sua alma abomina:
Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal; testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contenda entre os irmãos.

Pare e reflita
Wagner

Pau Que Bate em Chico Não Quer Bater em Francisco



Pau que bate em Chico, não quer bater em Francisco






Fico preocupado com a volúpia de alguns defensores do “evangelho”, que gostam de levantar o tapete dos outros. Quando falo isso, não estou falando contra a uma apologia madura, consciente, balizada, equilibrada e que tenha fundamentos não só sobre o que falamos mas também sobre quem falamos.

Fico pensando: todos nós temos um passado que não gostaríamos de lembrar e principalmente para o cristão que conhecedor da Bíblia deveria ter muito mais cuidado com o julgamento, como também, não definir sobre a vida e caráter de quem quer que seja.

Ninguém levanta o próprio tapete, mas gosta de levantar o tapete dos outros. Se reconhece perdoado por Deus, mas não consegue enxergar o perdão na vida do outro. Sempre lembra do passado do outro, mas esquece do seu próprio passado. Lembra sempre do pecado do outro e não vê que Deus pode restaurá-lo e apagar esse passado. Se gaba da condição de “Santo”, mas se esquece que qualquer relação verdadeira com Deus, necessariamente passa pela vida do próximo.

Bate nos outros, mas não gosta de apanhar. A Bíblia fala que existe o joio, mas ele sempre se considera trigo. Será? Quem dos defensores do “Evangelho” se considera joio? Quem considera a si mesmo filho do diabo? Eles, segundo a Bíblia, estão no nosso meio.

Todos falam dos outros, mas ninguém fala sobre sua própria miséria. Batemos em pessoas que não compartilhamos das idéias, das atitudes e que não fazem parte do nosso grupo de relacionamento. Batemos em quem bate na gente. Falamos bem daquele que temos algum tipo de interesse ou vínculo. Porque amaciamos para nós? Porque amaciamos para os nossos amigos? Porque falamos bem de gente sem testemunho? Porque falamos bem de pessoas a qual nunca tivemos intimidade? Porque falamos mal de pessoas que apenas discordam de nós?

Conheci muita gente “boa”, que quando me tornei intimo, tive outra impressão. Como posso definir pessoas sem conhecê-la? Onde está a razão então? Como discernir pessoas? Deus permite isso? Serei maduro e isento?

Se é meu amigo, mãozinha na cabeça. Se é alguém de quem não gosto, paulada nele. Se o filho do outro que peca, pau nele. Se é meu filho, perdão. Deus perdoa e restaura meu filho, mas o passado do filho do outro sempre será lembrado.

Não estamos equivocados? Não estamos buscando nossos próprios interesses? Não estamos dando murro em ponta de faca? Será que isso é prioridade para Deus? Será que não estamos empenhando tempo e força naquilo que não é Evangelho?

Só para refletir
Wagner

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sexo Explícito Será?



Justificar
Sexo Explícito Será?


· O meu amado é para mim um ramalhete de mirra; mora entre os meus seios.
· O seu ventre é como alvo de marfim coberto de safiras.
· As suas pernas são como colunas de mármores, fundadas sobre bases de ouro puro.
· A sua boca é muitíssimo doce; ele é totalmente desejável.
· As voltas das tuas coxas são com jóias, trabalhadas por mãos de artista.
· O teu umbigo é como uma taça redonda a que não falta bebida.
· O teu ventre é como monte de trigo cercado de lírios.
· Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela.
· O teu pescoço é como a torre de marfim.
· Os teus olhos são como as piscinas de hesbom.
· O teu nariz é como a torre do Líbano.
· A tua cabeça é como o monte Carmelo.
· A tua estrutura é semelhante a palmeira e os teus seios aos cachos de uva. Dizia eu: Subirei à palmeira; pegarei em seus frutos. Sejam os teus seios como os cachos da vide, e o aroma da tua respiração como os das maçãs.


Sinceramente, fiquei até inspirado. Vou convidar a minha esposa para uma noitada de amor.

Se tudo isso que foi escrito não nos estimula sexualmente, isso então fala de que?

Quero ver alguém reclamar e falar que são palavras chulas, palavras que atentam ao pudor, que não estimulam ao sexo (adolescentes, jovens, homens e mulheres solteiros/as e casados/as), são estimulados a ler, e já que é um texto público e biblico, todos podem ler. Maravilha!

Se fosse qualquer outro homem ou mulher que falasse isso, iriam cair de pau. Como foi um cara que teve no total mil mulheres e inclusive teve mulher que nem Deus permitiu que ele tivesse, está escrito na Bíblia e ela é a Palavra de Deus, VOCÊS SE FERRARAM. BRIGUEM COM DEUS, FALEM MAU DE DEUS, FALEM MAU DA BÍBLIA, FALEM MAU DE SALOMÃO, FALEM MAU DA VIDA, MURMUREM.

AOS QUE QUEREM CONSTRUIR.

UM ABRAÇO AOS IRMÃOS

SEJAM MOTIVADOS A CONSTRUIR UMA VIDA MAIS PRAZEIROSA ENTRE VOCÊS (ESPOSO/ESPOSA).


WAGNER

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Adultério, Divórcio e Novo Casamento



Adultério, Divórcio e Novo Casamento




A Bíblia fala em alguns textos sobre situações que levaram a necessidade de separação sem que necessariamente fosse por causa de relações sexuais ilícitas ou fornicação (porneia).


Como já é conhecido, Moisés deu carta de divórcio (ou documento de repudio) por causa da dureza de coração. Qual seria a dureza de coração para que se fizesse necessária a separação?

Vamos ler o texto de Deuteronômio?

Dt 24.1.4 Quando um homem tiver tomado uma mulher e consumado o matrimônio, mas esta, logo depois, não encontrar mais graça a seus olhos, porque viu nela algo de inconveniente, ele lhe escreverá então uma ata de divórcio e a entregará, deixando-a sair de sua casa em liberdade. Tendo saído de sua casa, e se ela voltar a pertencer a outro, e se também este a repudia, e lhe escreve e lhe entrega em mãos uma ata de divórcio, e a deixa ir de sua casa em liberdade (ou se este outro homem que a tinha esposado vem a morrer) o primeiro que a tinha repudiado não poderá retomá-la como esposa, após ela ter-se tornado impura: isso seria um ato abominável diante do Senhor. E tu não deverias fazer pecar a terra que o Senhor teu Deus te dará como herança.

VEJA:
É por causa desse texto e de mais alguns que vou citar, que os Judeus lá no Novo Testamento repudiavam por qualquer motivo suas mulheres segundo a interpretação das escolas que estavam presentes com Jesus em Mt 19.
Vamos estudar um pouco sobre as escolas de Shammai e Hillel. Posso antecipar que um era mais conservador e outro mais liberal, e a partir desses influentes rabinos os fariseus interpretavam a Lei segundo as suas comodidades, a ponto de uma mulher poder ser repudiada por estar feia, de unha mal feita, queimasse a comida. Resumindo; por qualquer motivo.

Você percebeu que o marido que repudiou e a mulher repudiada poderiam casar de novo em Dt? Na discussão e interpretação bíblica não pode haver contradição entre Antigo e Novo Testamento (Primeiro e Segundo Testamento)
Ela podia pertencer a outro e o marido que a repudiou só não podia ficar com ela porque se tornara impura pelo fato de ter pertencido a outro. Que machismo maldito!
Já existe uma dificuldade no texto porque em Deuteronômio cap. 22.22 diz que a mulher adúltera e o homem com quem ela adulterou tinham que ser mortos.
Lembre-se que a discussão lá no Novo Testamento está em torno destes textos aqui.

Como alguém poderia casar com uma mulher repudiada se ela tinha que ser morta pela lei?

Os Fariseus estavam ali para pegar Jesus em alguma contradição com a Lei. A Bíblia diz que eles foram ali para prová-lo. Veja, nem o homem que adulterou com ela estava ali, que segundo a lei, deveria ser morto junto com ela. Era uma armação clara contra Jesus. Lembre-se: Entre as escolas judaicas uma delas permitia o repúdio por qualquer motivo banal.
Lembre-se novamente que a discussão está acontecendo com os textos aqui, sendo o seu contexto.

Voltemos a Êxodo 34.16 quando Moisés fala de união mista (Israelitas com mulheres de outras nações), ele queria preservar a identidade do povo e a fé. A carta de divórcio (ou documento de repudio) foi por causa disso, levando-nos a considerar que a dureza de coração tinha ligação direta com isso.

Verifique o que estou dizendo em Esdras cap. 10.1,5, onde Esdras manda também que os israelitas se separem por causa de casamentos feitos com mulheres de outras nações.
Neemias é o caso mais grave porque se tratava da linhagem sacerdotal (Ne 13.23,31).
São excessões que parece que Paulo em 1Cor 7, abre uma outra excessão que não o adultério (lembrando que a tradução de pornéia como adultério, não é a melhor tradução). Depois falaremos sobre sobre essas coisas.


Vou comentar muito ainda sobre o Novo Testamento e o momento histórico onde se dá o fato, comentando os textos dentro dos seus contextos, respeitando claro os princípios de interprtação da Bíblia

Vamos devagar para ver se dá para entender, e entendendo, continuamos.
Vou atualizando devagar.

Um Abraço
Wagner

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A "Igreja" é a Igreja da Performance e Não da Verdade


A “Igreja” é igreja da performance e não da verdade.



De alguma forma, todos nós fomos induzidos pela igreja das performances e levados por liturgias que mexiam apenas com as nossas emoções mas não interiorizavam a verdade do evangelho dentro da gente.
A igreja da performance é como cocaína ou o santo daime, dá uma doideira, uma anestesiada, a pessoa faz um viagem, mas quando volta para a realidade o vazio vai continuar até consumir a próxima dose, que será no próximo culto.
Só a verdade tem poder de transformar a vida de dentro para fora. Conheci pessoas assim, não criaram raízes no espírito mas apenas nas emoções. Amor não se constrói com emoções, mas na intimidade ele se estabelece.
A igreja do movimento só fornece a próxima dose aos viciados espirituais onde o nível de alienação chega a beira do absurdo. Por isso, acontece de pessoas estarem muito tempo na “igreja” e se desviam não de Deus, mas da igreja instituída, a ponto de abraçarem outra religião ou mais um engano.
Muita gente já não aguenta mais esse modelo de igreja “pentecostal”, as pessoas já estão cansadas e decepcionadas com isso. As pessoas vêem anjos, mas não mudam de vida; as pessoas pregam com uma retórica invejável, mas levam uma vida indesejável, falam de Cristo como se o conhecessem, mas as suas condutas são mundanas e malignas. O adoram com os lábios, mas os seus corações estão longe de Deus.
Se quiserem fugir desse engano, conheça a verdade, onde as emoções acontecem mas carregam o fruto que transforma e nos firma na rocha.
Sabe onde? Na tua própria intimidade, onde não existem máscaras, circos, teatros, onde você se enxerga, onde o único mentiroso é você mesmo.


Pense nisso
Wagner

sábado, 12 de setembro de 2009

Falando um Pouco Sobre a Fé



Falando um Pouco sobre a Fé


“A fé não é uma forma fraca de crença ou conhecimento; não é a fé nisto ou naquilo; a fé é a convicção sobre o que ainda não foi provado, o conhecimento da possibilidade do real, a consciência da gravidez. A fé é racional, quando se refere ao conhecimento real que ainda não nasceu; ela é baseada na capacidade de conhecimento e compreensão, que penetra a superfície e vê o âmago. A fé, como esperança, não é a previsão do futuro; é a visão presente num estado de gravidez”.
“O cristão chega pela fé a uma sabedoria superior que é o conhecimento de Deus, como expõe São Paulo em I Cor 1-2. Deus confunde a sabedoria e o poder humanos; sem que isto signifique preconizar a ignorância e a displicência na construção do Reinado de Deus no mundo dos homens. A fé é uma classe especial de sabedoria, pois não é ciência, mas crença; e por isto mesmo seu objeto não está no nível do visível e demonstrável, mas no plano da experiência vivenciada, da comunhão e da opção pessoais. Mas também não está desprovida de base objetiva, pois se funda em fatos reais da intervenção de Deus, e especialmente numa pessoa, a de Jesus Cristo”.
“Toda a experiência religiosa da fé cristã passa por Cristo que é o revelador do Pai e o caminho para Ele. A sabedoria e a ciência de Deus se revelam personificadas em Jesus. Palavra de Deus ao homem; e está enraizada no mistério salvador de Cristo, manso e humilde de coração, que se humilhou até a morte por amor ao homem. Sua cruz gloriosa é escândalo e loucura para os sábios e poderosos deste mundo, mas sabedoria de Deus, benção e libertação para o discípulo, para o batizado adulto na fé que, guiado pelo Espírito, acabam ajustando a sua vida ao querer de Deus”.
“Iluminados por este saber do alto que é a fé, entendemos que a religião cristã não é uma imposição; nosso Seguimento de Cristo não é submissão a uma lei impessoal e despótica; não é um jugo e uma carga insuportáveis. Esta era a situação sob a lei mosaica, da forma como a interpretavam os doutores judeus; e esta era a atitude dos fariseus, por exemplo, diante da lei do descanso sabático, a ponto de criticarem a Jesus por curar um enfermo em dia de sábado”.
“Portanto, a partir de então já podemos definir a fé, uma vez mais, no caso do próprio Jesus de Nazaré, ou até mesmo, de Maria e de José, como em todos os protótipos bíblicos de fé __ Abraão, Moisés...” ‘E em nossa própria circunstância pessoal e comunitária:
- A fé é entrar em contato com o mistério obscuro, luminoso, tremendo e fascinante de Deus que irrompe na história humana, como o Deus Conosco altíssimo e próximo, o Deus feito homem em Jesus de Nazaré.
- A fé é risco, é renúncia a toda segurança palpável, sem privilégio temporal algum. Na linguagem de São João da Cruz, diríamos que a fé é noite escura para o cristão, porém noite vencida pelo clarear da alvorada.
- A fé é um compromisso tão sério que condiciona toda a nossa vida, criando um estilo, um critério e um modo de ser e atuar que marcam toda a pessoa em sua realidade e condição pessoal, familiar, social e comunitária.
- A fé é um desafio perene, uma perseguição constante e diária para se viver em plena disponibilidade diante de Deus e em abertura fraternal a todo homem que é meu irmão. A fé em Jesus de Nazaré, Deus feito homem, é fé no próprio homem; é amor ao irmão, seja quem for e como for; é solidariedade humana, especialmente com o mais pobre, oprimido e necessitado. Qualquer outra forma de se entender a fé é fuga, droga alienante, espiritualismo egoísta e míope.
- A fé é ser para os demais um ‘sinal’ do Mistério de Deus e de seu Amor transbordante.
- A fé é aceitar os planos de Deus sobre nós, como os heroísmos pequenos, ou talvez grandes, da existência vivida cristãmente, ao estilo de Jesus.
- A fé é resposta à vocação-chamado de Deus, por Jesus Cristo, para viver e atuar como amigos fiéis que estimam, valorizam e gozam do favor e graça inestimáveis de Deus. Por isso ter fé autêntica é viver numa atitude de conversão contínua e progressiva.
Se não chegarmos a viver assim, nossa fé é imatura e nossa experiência religiosa é raquítica e subdesenvolvida. O grande sinal de Deus já está ao alcance da mão, pois Ele está no meio de nós! Não nos contentemos com uma celebração superficial do Reino que já está eminente em nossa mesa. Nossa alegria e otimismo devem nascer lá do nosso interior em sintonia com a nossa capacidade e sermos solidários, pois já está à vista o Deus Conosco, Ele está mesmo no meio de nós!’



Teologia da Mesa
Damasceno Pena

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Deus é, e sempre está livre!



Transcendência



Hoje, domingo, dia 06 de setembro de 09, “dia do Senhor”, pude entender o que Ricardo Gondin disse escrevendo em algum lugar que não me lembro onde foi. Ele disse mais ou menos isso: “Eu senti a presença de Deus quando estava ouvindo um musical de música clássica no teatro”. Interessante, eu senti a mesma coisa ouvindo um DVD do Legião Urbana quando cantaram a música “Que Pais é Esse”. Pensei: “Domingo dia do Senhor!”, nada melhor do que a presença de Deus para produzir em nossa consciência o que a Bíblia e a religião seja ela qual for, não podem ser elemento de alienação. As pessoas como disse Leonardo Boff, “As pessoas colocam a Bíblia na frente dos olhos, e querem viver a sua literalidade sem entendimento e sem nenhuma visão da realidade. A Bíblia deve ser colocada atrás da cabeça, para iluminar a consciência mas não esconder a visão de mundo e nem da realidade”. Iluminados por sua revelação entendermos o tempo em que estamos vivendo e as necessidades do mundo pós-moderno.
Transcendi fora do arraial, transcendi fora do contexto, transcendi fora da instituição, transcendi sem precisar ouvir música evangélica, transcendi sem precisar estar no culto. Que beleza! Deus se encontra fora desses modelos ultrapassados, jurássicos, engessados; pude perceber claramente a presença de Deus, fiquei arrepiado, constrangido diante de um mundo tão indiferente, tão desigual, tão perverso; pude perceber também uma igreja sem nenhuma relevância e sem uma mensagem para que, nesse nível de prioridades, possa no mínimo perceber as coisas que acontecem dentro do seu próprio arraial.
Benditas são as pedras que clamam, benditas são as vozes que falam com muito mais força e relevância fora da religião, benditos são os olhos dos que não enxergam mas vêem, benditos são todos os Legiões Urbanas que falam e continuam falando para um mundo que já não tem nenhum interesse no discurso hipócrita de uma instituição falida e sem nenhuma relevância.

Que Deus nos abençoe
Com muita esperança em Deus e em todos aqueles que ainda enxergam, mas sem nenhuma esperança nesse troço “igreja instituída”, templos, interesses. Chega de Morris, Silas, Linhares e todos aqueles desconhecidos, mas que são dotados do mesmo espírito. Chega!!! Chega!!! Chega!!!
Que Pais é Esse!!!. Que Pais é Esse!!!!. Que Pais é Esse!!!.

Pense nisso
Wagner

O Pai Nosso nas Entrelinhas




O Pai Nosso Nas Entrelinhas



O Pai Nosso compromete indiscutivelmente toda a nossa Fé, com a Esperança e a Caridade que procuramos vivenciar no nosso dia-a-dia. É aqui que começamos a compreender as chamadas aberturas fundamentais daquela nossa integração da Unidade na Pluralidade.
Quando me relaciono diretamente comigo mesmo e com Deus, estou nas colunas da fé; quando me relaciono com o próprio mundo, com o cosmos, com a natureza, sua dinâmica ecológica e a nossa aventura humana através da história, estou nas colunas da esperança; quando vou ao outro através do perdão, partilhando o nosso pão cotidiano que então nos é comum, estaremos de fato nos envolvendo com aquilo que é típico ao amor Ágape, que com certeza nos levará a cultura da solidariedade. Em outras palavras, estaremos nas colunas da caridade. É por isso, que esta oração ensina-nos a vivenciar aquelas virtudes fundamentais da nossa vida, da esperança e da nossa fé, e é a chave de acesso ao mundo da Graça, aconchegando-nos diretamente ao coração de Deus.
Diante dessa realidade o silêncio já basta!
"Na oração é preferível um coração sem palavras, que palavras sem coração” (M. Gandhi).
Olhando para as entrelinhas da Oração do Pai Nosso encontramo-nos envolvidos de verdade “face a face”, que nos coloca frente a frente com aquela realidade última e primordial da nossa razão de ser “Imagem e Semelhança” deste Deus tão “Nosso”, que é Pai. É aqui que começamos a entender de fato o que significam em si a dinâmica destas quatro aberturas fundamentais, do Eu Comigo Mesmo, Eu com o Outro, Eu com o Mundo, e Eu com Deus. É aqui que começamos a entender sobre o Reino, e onde abandonamos tudo para sermos só dele e para ele.
O “Eu Comigo Mesmo”, aparece no momento em que pronunciamos: “E não nos deixeis cair em tentação, mais livrai-nos do mal”.
O “Eu com o Outro”, esta contido no momento em que oramos: O pão-nosso de cada dia dai-nos hoje, perdoai-nos nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.
O “Eu com o Mundo”, esta se realizando quando falamos: “Venha a nós o teu Reino, seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”.
E por fim, o “Eu com Deus”, já se encontra como presente quando iniciamos esta belíssima oração: “Pai Nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome”.
Veja que com essas quatro aberturas, acabam-se por fazer assim, uma caminhada ascendente em torno da gratuita mesa do Reino. Saímos assim do nosso mundo interior, passamos pela vida do outro, nos comprometemos com a realidade nua e crua da vida e finalmente chegamos até Deus.


Damasceno Penna

Não há outro caminho, qualquer outro caminho é só religião.
Pense Nisso
Wagner

sábado, 5 de setembro de 2009

Instituição e Vida


Instituição e Vida

Todas as instituições tendem a perpetuar-se sem modificações. Essa é a razão por que, mais cedo ou mais tarde, todas elas acabam por colidir com a vida. Porque a vida é fluida, e apresenta-nos sempre problemas novos e surpreendentes, não pensados com antecedência. Nada garante que os problemas futuros sejam idênticos aos problemas passados. Acontece que as instituições, como cristalizações de soluções passadas, contêm, implícita nelas mesmas, a afirmação de que problemas futuros se resolvem com soluções passadas.
Encontramos aqui as razões para o equilíbrio sempre precário entre instituições e suas bases humanas, e para os mecanismos repressivos de tudo o que represente novas maneiras de pensar e de comportar. De um lado, a instituição faz uso de seus mecanismos para impor sua interpretação da realidade e os comportamentos correspondentes. Do outro lado, as pessoas, sentindo um mundo diferente e os problemas novos que resistem às programações institucionais, são obrigadas a se desviar das instituições. As instituições, que num momento originário foram criadas como expressão e instrumento de pessoas, passam a ser vividas como obstáculo e repressão.
É da psicanálise que retiro a categoria repressão. Para a psicanálise, a essência da sociedade é a repressão do indivíduo e a essência do indivíduo é a repressão de si mesmo. Cabe-nos perguntar das razões que fazem com que o homem aceite voluntariamente a repressão. Parece que a aceitação da repressão tem a ver com uma contabilidade pragmática do ego, que faz uma discriminação entre vantagens e desvantagens. Ninguém aceitaria voluntariamente se ela não trouxesse certas vantagens laterais. O fato é que a liberdade tem, freqüentemente, um custo emocional maior que a dominação a que o indivíduo está sujeito na vida institucional. Aqui a rebelião contra a repressão permanece inaudível, e só aflora em nossos lapsos e sonhos. É a linguagem proibida, linguagem da rebelião contra a verdade, de que deve ser confessada como pecado. O discurso contra a repressão só se torna audível quando as novas realidades vitais já se impõem de tal forma que o custo da repressão é maior do que o protesto contra ela.
Manter o discurso institucional sem levar em consideração que vivemos novas realidades, é afastá-la das prioridades, relativizando sua importância e mensagem. A estrutura eclesial está engessada, endurecida e vivendo séculos atrás, ficando sem nenhuma relevância no mundo pós-moderno.

A instituição não deve viver no passado e nem do passado.
Pense nisso
Wagner