sábado, 26 de setembro de 2009

Pau Que Bate em Chico Não Quer Bater em Francisco



Pau que bate em Chico, não quer bater em Francisco






Fico preocupado com a volúpia de alguns defensores do “evangelho”, que gostam de levantar o tapete dos outros. Quando falo isso, não estou falando contra a uma apologia madura, consciente, balizada, equilibrada e que tenha fundamentos não só sobre o que falamos mas também sobre quem falamos.

Fico pensando: todos nós temos um passado que não gostaríamos de lembrar e principalmente para o cristão que conhecedor da Bíblia deveria ter muito mais cuidado com o julgamento, como também, não definir sobre a vida e caráter de quem quer que seja.

Ninguém levanta o próprio tapete, mas gosta de levantar o tapete dos outros. Se reconhece perdoado por Deus, mas não consegue enxergar o perdão na vida do outro. Sempre lembra do passado do outro, mas esquece do seu próprio passado. Lembra sempre do pecado do outro e não vê que Deus pode restaurá-lo e apagar esse passado. Se gaba da condição de “Santo”, mas se esquece que qualquer relação verdadeira com Deus, necessariamente passa pela vida do próximo.

Bate nos outros, mas não gosta de apanhar. A Bíblia fala que existe o joio, mas ele sempre se considera trigo. Será? Quem dos defensores do “Evangelho” se considera joio? Quem considera a si mesmo filho do diabo? Eles, segundo a Bíblia, estão no nosso meio.

Todos falam dos outros, mas ninguém fala sobre sua própria miséria. Batemos em pessoas que não compartilhamos das idéias, das atitudes e que não fazem parte do nosso grupo de relacionamento. Batemos em quem bate na gente. Falamos bem daquele que temos algum tipo de interesse ou vínculo. Porque amaciamos para nós? Porque amaciamos para os nossos amigos? Porque falamos bem de gente sem testemunho? Porque falamos bem de pessoas a qual nunca tivemos intimidade? Porque falamos mal de pessoas que apenas discordam de nós?

Conheci muita gente “boa”, que quando me tornei intimo, tive outra impressão. Como posso definir pessoas sem conhecê-la? Onde está a razão então? Como discernir pessoas? Deus permite isso? Serei maduro e isento?

Se é meu amigo, mãozinha na cabeça. Se é alguém de quem não gosto, paulada nele. Se o filho do outro que peca, pau nele. Se é meu filho, perdão. Deus perdoa e restaura meu filho, mas o passado do filho do outro sempre será lembrado.

Não estamos equivocados? Não estamos buscando nossos próprios interesses? Não estamos dando murro em ponta de faca? Será que isso é prioridade para Deus? Será que não estamos empenhando tempo e força naquilo que não é Evangelho?

Só para refletir
Wagner

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