segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A Riqueza dos Sacerdotes




A riqueza fabulosa do tesouro do Templo tem uma explicação um tanto irônica. A Bíblia exige que o dízimo, isto é, dez por cento de toda produção anual da terra de Israel, seja dado à tribo sacerdotal dos levitas (Num 18.21), porque só eles entre as Doze Tribos não receberam nenhuma terra, uma vez que seus deveres no templo impediam que trabalhassem na lavoura.

No tempo de Jesus, no século primeiro, na interpretação da aristocracia sacerdotal e seus auxiliares, os escribas – funcionários que eram treinados para ler e escrever -, a passagem bíblica significava que a classe sacerdotal podia possuir terras desde que eles próprios não as cultivassem. Assim, a idéia bíblica foi invertida por completo: enquanto em épocas anteriores a tribo sacerdotal (os Levitas) não tinha posses e precisavam ser sustentados pelas oferendas voluntárias do resto da nação, agora uma aristocracia sacerdotal fabulosamente rica adquiria mais riquezas ainda pela imposição do dízimo e de outros “tributos religiosos” à maioria empobrecida dos fiéis.

Os sacerdotes e seus escribas declaravam que a Bíblia exigia um dízimo de todas as mercadorias para a manutenção dos sacerdotes e que Deus exigia um “imposto individual”, meio siclo a ser doado anualmente para os sacrifícios cotidianos necessários para manter o Templo puro. Essa última quantia era o equivalente a remuneração de dois dias e um diarista com um bom emprego.

Também decretaram que todo ano as famílias deveriam gastar outra décima parte da renda anual em peregrinações a Jerusalém para as festas importantes da Páscoa, de Pentecostes e das Tendas. Finalmente, um terceiro dízimo da renda da pessoa devia ser entregue ao Templo a cada três anos, para os pobres. Havia também diversos sacrifícios exigidos de todo Judeu. Tantos sacrifícios eram realizados no altar principal do Templo de Jerusalém, que ele estava continuamente em uso, com dezenas e mesmo centenas de milhares animais sacrificados todo ano.

A aristocracia sacerdotal transformou as regras para o sacrifício a Deus na Bíblia em um sistema sofisticado de tributo necessário a Deus e de purificação por toda e qualquer infração a Lei. Eram consideradas necessárias para a reintegração do povo Judeu depois do exílio como os únicos escolhidos de Deus. O sacrifício queimado cotidiano (holocausto) de um cordeiro ao amanhecer e outro ao anoitecer era entendido como expressão de que só Deus era fonte de todos os bens necessários para a vida. Sacrifícios de pureza eram entendidos como uma espécie de purificação do próprio Templo.

Eram considerados como oferendas para reparar a profanação que se pensava acontecer quando pecados individuais insultavam Deus. Os chamados sacrifícios de paz eram feitos para solenizar um juramento, e os sacrifícios de louvor eram feitos para celebrar as bênçãos divinas do passado e reafirmar a vocação e Israel como povo escolhido de Deus.

Embora esses dois últimos sacrifícios fossem consumados pelos fiéis que os ofereciam, somente os sacerdotes podiam comer a carne dos sacrifícios de reparação. Na verdade, os sacerdotes comiam tanta carne que o Talmude judaico diz que eles estavam sempre doentes devido ao excesso de comida. Embora as carcaças dos holocaustos fossem completamente consumidas pelo fogo, os sacerdotes recebiam os couros dos animais para seu uso.



Eles eram criativos para roubar dinheiro do povo. E você?
Os “sacerdotes” de hoje, são tão criativos quanto.

Religiões instituídas são todas iguais.
Não se deixe enganar.


Mensagem Urgente de Jesus Para Hoje
Elliott C. Maloney

Pense muito nisso!
Wagner

4 comentários:

  1. Nos tempos de Jesus os sacerdotes eram riquíssimos e extremamente comprometidos com a política da época.

    E hoje? O que nos parecem os lideres evangélicos e o Vaticano? Temos ns inúmeras denominações religiosas réplicas daquilo que foi o velho templo salomônico, obviamente que sem a mesma beleza e sem a Arca e a Shekiná.

    O dízimo parece ter sido instituído por causa da dureza do coração dos homens. Creio que Deus não nos pede o dízimo. Ele quer de nós um compromisso total com ele. Destinar um percentual dos nossos recursos para a igreja onde nos congregamos é proveitoso pois, se me reúno num local com maus irmãos e participo de projetos em comum, por que serei avarento com meus bens e deixar de contribuir para aquilo do qual sou parte?

    Dar oferta é bíblico e será sempre algo importantíssimo e que se relaciona com a nossa adoração e nossa resposta diante de Deus. Mas vejo que há uma enorme diferença entre o que faziam nossos irmãos da igreja primitiva em relação à prática do instituto do dízimo.

    Curiosamente Abraão deu seu dízimo voluntariamente a Melquisedec e aquele foi um verdadeiro ato de adoração visto que ainda não havia o mandamento.

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  2. Vamos por parte amigo.

    Beleza havia, gloria nunca houve a não ser humana.

    O dízimo nem foi instituido por Deus, até porque a prática decimal está presente em culturas bem mais antiga.

    Destinar recursos para "igreja", só é sadio se os recursos forem bem utilizados a favor dos mais necessitados.

    Abraão não deu dízimo a Melquisedeque. Na biblia está traduzido errado. O sentido é de um imposto pago ao rei pelo uso da terra.

    Melquisedeque era Cananeu, servia as divindades cananéias, abençoa a Abraão segundo essas divindades, não havia templo, não havia religião judaica e em outros versículos veremos esse imposto pago aos reis sem nenhum conteudo religioso.

    A nossa versão da bíblia que traduziu o texto fora do contexto.

    Ofeta sim é bíblica e para a igreja. Dízimo como mandamento só para Israel.

    Um abraço

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  3. A sistemática, ou normalidade da igreja, é extremamente efetiva em nossos dias.

    A religiões fazem sucesso de uma forma muita parecida com a seleção natural. Hoje temos, por exemplo, a ascendências dos pentecostais e a morte dos tradicionais. Seleção natural... os pentecostais estão ganhando terreno e crescendo porque trabalham melhor com e sobre as mecânicas de morte do mundo.

    O imediatismo, as ilusões, os valores controversos, etc.

    Hoje em dia a alienação de toda a massa cristã é o que temos de mais incrível em adaptação cultural.

    Eu acho incrível... porque não tenho outra palavra... como para TUDO, tudo MESMO meu amigo, os "cristãos" ou mais especificamente os crentes possuem resposta pra tudo!

    Ontem estava conversando com um amigo... e falei de uma história de um pastor que começou a dar uma mensagem "fervorosa" para sua igreja... e falou que um anjo estava lá... abençoando, etc. Então no ápice, pessoas falando línguas estranhas, chorando, etc... ele parou e seriamente falou algo como "meus irmãos... não está acontecendo nada disso... eu inventei tudo para mostrar para vocês a falta de conhecimento...".

    Então meu amigo falou "Mas... mesmo assim! Eles poderiam simplesmente dizer que: 'Ah Pastor! Você foi é usado por Deus! Pq ele faz o q quer! quando quer! do jeito que quer... e ele usou o senhor agora mesmo contra seu pensamento".

    São tantos surtos que é impossível listar... mas um dos mais interessantes é o da pseudo-comunidade. Sendo a igreja (como povo) uma comunidade pacificada de irmãos em amor... a "igreja" tenta emular isso criando uma mutação assombrosa que em nada se parece... mas tem um poder muito maior de "envolver", agarrar e condicionar seus membros as suas conveniências.

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  4. Oi Julio

    Como vc disse, é difícil enumerar.
    Jeremias 5.31 já disse que seria assim.
    Timóteo 4, disse que as pessoas se sercariam de falsos mestres segundo as suas próprias concupiscências.

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