domingo, 30 de agosto de 2009

Conselhos de Quem Aprendeu Com a Vida

Conselhos de Quem Aprendeu Com a Vida


O autor de Eclesiastes vem construindo seu conceito antropológico aos poucos: “tudo o que existe já recebeu nome, e já se sabe que o homem é”. E o que o homem é? O homem é pó. Foi assim que ele definiu o homem: O homem é pó! Todos vão para o mesmo lugar; vieram todos do pó, e ao pó todos retornarão.
Ele está dizendo em auto e bom som. “Meu amigo, você não é nada, não passa de pó”. E prossegue dizendo que, antes de pensar em si mesmo, de sonhar em existir, o Deus criador já havia estabelecido o que a pessoa deveria ser. O autor de Eclesiastes não está se referindo ao destino de um indivíduo, mas ao destino da essência humana, o que o ser humano é.
O autor acredita que muito falatório, tentativa de debates só trazem embaraços à mente humana: quanto mais palavras, mais tolices. É como se estivesse dizendo: “Meu amigo, feche a boca, assuma sua condição. Você não é nada, você é pó, foi Deus quem decidiu isso e não adianta discutir com ele”. Deus fez os homens justos, mas eles foram em busca de muitas intrigas.
O autor de Eclesiastes começa afirmando a limitação humana e termina afirmando a grandeza de Deus. É entre esses dois marcos que agente tem que viver. Quem sabe o que é bom para o homem, nos poucos dias de sua vida vazia, em que ele passa como uma sombra? Quem pode nos ensinar a viver entre as limitações humanas e a grandeza de Deus? Onde podemos encontrar um mapa para a longa jornada de travessia através desse mundo sem sentido? O autor assume essa pretensão: “tudo isso eu examinei mediante a sabedoria e disse: “Estou decidido a ser sábio”.
Diante disso temos cinco conselhos:
1 – Estamos diante do imutável, pois há coisas na vida que nunca vão mudar, e não adianta lutar contra Deus.
2 – Estamos diante do imponderável, pois poderá nos contar o que vai acontecer no futuro? Quem tem algum conhecimento, não apenas do tempo presente, mas também do tempo futuro? O futuro e o presente são, na verdade, imponderáveis.
3 – Estamos diante do incontrolável. Quem pode controlar o que Deus fez? Quando os dias forem bons, aproveite-os bem; mas, quando forem ruins, considere: Deus fez tanto um como o outro.
4 – Estamos diante do inconciliável. “Não seja demasiadamente justo nem demasiadamente sábio...”, seja um pouquinho injusto e um pouquinho tolo. Sabe porque? Se não for assim, nos destruiremos a nós mesmos.
5 – Estamos diante do incognoscível. A realidade é muito mais profunda e, por isso, ninguém terá capacidade de descobri-la nem de entender tudo.

Ed René Kivitz

A soberba de muitos será a sua própria destruição.
Pense nisso
Wagner

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