quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O Fundamentalismo Cristão


O fundamentalismo Cristão


O fundamentalismo cristão admite a Bíblia como única autoridade para suas doutrinas e costumes. Afirma a autoridade exclusiva da Bíblia, sustentando que é a Palavra de Deus no sentido estrito do termo: provem diretamente de Deus, portanto livre de todo erro e de todo condicionamento. Para o fundamentalista, Bíblia, revelação e Palavra de Deus são sinônimos.
Para o fundamentalista, a afirmação da absoluta e da total inerrância e infalibilidade da Bíblia é de capital importância. Disso dependem em sua opinião, a autoridade de Bíblia e sua total confiança nela e, em última instância, em Deus mesmo. Quando se admite que a Bíblia contém erros – argumentam -, então não merece nossa total confiança como norma suprema, e não podemos estar seguros do que Deus quer de nós e para nós. Para o fundamentalista, o texto da Bíblia é a única norma objetiva (por ser escrita) que ele aceita, e essa norma vem de Deus mesmo, que a “ditou” aos escritores. Visto que tem Deus como seu autor, a Bíblia não pode ter erro algum, também, em matéria de história e ciência. Essa é a tese “fundamental” sobre a qual repousa a estrutura doutrinária do fundamentalismo.
Na realidade no entanto, o fundamentalismo não parte da Bíblia mesma, embora afirme insistentemente que o único fundamento é a Bíblia. De fato parte de uma idéia a respeito da Bíblia: a idéia de que a Bíblia é o que foi “ditado” por Deus, portanto, livre de todo erro possível, e de que é a palavra de Deus dirigida a ele e que é inalteravelmente válida como está escrita, para todos os séculos. Obviamente, para o fundamentalista, sua interpretação da Bíblia a única válida e legítima, e, portanto, toda outra interpretação tem de ser errônea.
O fundamentalismo, que é característico de certos ramos do protestantismo, e que se encontra em alguns “círculos de estudo Bíblico”, é eminentemente doutrinário a partir de seu fundamento, e não permite o questionamento crítico. Esta seguro no compreender a Bíblia corretamente e de possuir a verdade, que é incapaz de escutar ou de ler estudos críticos sobre a Bíblia (a menos que o líder aprove), desqualificando-os como ímpios, racionalistas, prejudiciais para a fé. Qualquer questionamento é imediatamente rejeitado com a acusação que se está negando que a Bíblia é a Palavra de Deus. O fundamentalista é simplesmente incapaz de discutir a respeito da Bíblia. Lê a Bíblia como um manual de doutrinas, especialmente éticas, e estas são válidas para todos os tempos. E por isso mesmo, não leva em conta questões de gênero e composição literário, de situações históricas e culturais, de tradições orais e etc. Não está consciente (ou nega) que se trata de um texto literário composto na antiguidade. Quando se trata de uma narração tende a entende-la como história, sem distinguir mito, lenda, saga, epopéia. Em poucas palavras, o fundamentalista crê que sua interpretação da Bíblia corresponde a sua intenção original, que é a de Deus, não a dos homens e por isso, rejeita toda interpretação que seja produto de estudos críticos.
O fundamentalista não admite que tenha havido evolução, aprofundamento, adaptação da Palavra de Deus, quer dizer, não admite a tradição como processo de interpretação e de atualização (de vida!). Passa diretamente de Deus (autor) ao texto e deste ao presente, como se tivesse sido escrito ontem e aqui. O fundamentalista crê que suas idéias (ocidentais de hoje) são iguais às dos escritos bíblicos (palestinos).
Bíblia Sem Mitos
Pense e reflita
Wagner

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