sábado, 15 de agosto de 2009

Os Fariseus Somos Nós



OS FARIZEUS SOMOS NÓS!


Para compreender de forma acurada os fariseus é a relevância pessoal deles. Os fariseus fornecem um dos melhores espelhos que a Bíblia nos apresenta para que vejamos ali nosso “eu” religioso exatamente da forma que somos. Isso mesmo, os fariseus somos nós!
Quando os fariseus são os principais antagonistas na cena com Jesus, normalmente assumimos a perspectiva de observadores imparciais. Não sentimos que podemos nos identificar com eles. Entretanto, o poder do texto aumenta dez vezes quando vemos a nós mesmos nos fariseus, os inimigos mais ferozes de Jesus, mas também os que ele amava profundamente. Se entendermos corretamente o ataque que Jesus desferiu à tradição, a forma que esmagou seu sistema, como destruiu as cercas que eles ergueram, como expôs a insinceridade velada deles, é fácil perceber de que maneira esse grupo passou a desprezá-lo. Provavelmente, faríamos o mesmo se Jesus visitasse as igrejas hoje. Nossas sensibilidades e reações religiosas são mais parecidas com as dos fariseus do que gostaríamos de admitir.
O motivo principal por que precisamos entender corretamente os fariseus diz respeito ao nosso desenvolvimento espiritual. O crescimento espiritual começa com um senso de desesperada necessidade no mais íntimo de nossa alma. Descobrimos, por intermédio do Espírito de Deus, que não somos quem pensávamos que éramos. Estamos falidos espiritualmente e precisamos desesperadamente da ajuda de Deus.
Os fariseus são espelhos espirituais divinos que fazem refletir a condição do nosso coração. Qual seria nossa aparência se não tivéssemos espelhos. Não prestaríamos atenção a nossa aparência desmantelada. Por fim, acabaríamos por nos convencer, simplesmente por ignorar a realidade, que nossa aparência está boa quando, na realidade, não está. Precisamos olhar no espelho espiritual dos fariseus e nos ver ali.
Quando nos vemos como os fariseus, ficamos perplexos. Começamos a reconhecer que os pecados secretos que conseguimos esconder dos outros não eram menos maléficos que os pecados flagrantes de meus iguais. Fazia, quase instintivamente, a coisa certa, mas não me tornava mais justo. Embora o comportamento melhore, ficaríamos horrorizados se alguém tivesse o poder de ler o que se passa em nossa mente. Conseguiríamos banalizar o cerne da mensagem cristã, e nos considerar justos, exatamente como os fariseus.

Será que não estamos convencidos?
Será que precisamos de espelhos?

Pare e reflita

A Neurose da Religião
Tom Hovestol


Wagner

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