terça-feira, 6 de outubro de 2009

Falando da Graça de Deus



Falando da Graça de Deus




“O tempo está cumprido”, Jesus disse, “e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15). Dê as costas aos pecados do ceticismo e do desespero, desconfiança e do cinismo, da reclamação e da ansiedade.

O evangelho da graça nos chama a cantarmos a cada dia o mistério corriqueiro da intimidade com Deus em vez da busca por milagres e visões. Ele nos conclama a cantarmos as raízes espirituais de experiências corriqueiras como apaixonar-se, falar a verdade, criar um filho, dar uma aula, perdoar uns aos outros depois de nos ferirmos uns aos outros, permanecermos juntos em momentos difíceis da vida, na surpresa e na sexualidade e no esplendor da existência.

Dos tais é o reino dos céus, e de tais mistérios caseiros consiste a religião genuína. A conversão da desconfiança para a confiança é uma busca confiante do significado espiritual na existência humana. A graça abunda e permeia as margens da existência humana.

A graça quer dizer que no meio da nossa peleja o árbitro apita anunciando o término da partida. Somos declarados vencedores e mandados para o chuveiro. Encerrados estão todos os esforços para obter o favor de Deus; cancelado está todo o suado empenho para garantir o valor próprio; chegou ao fim toda a pressa competitiva de chegar a frente dos outros.

A graça quer dizer que Deus está do nosso lado e que somos, portanto, vitoriosos, independente do nosso desempenho do jogo. Podemos partir tranquilamente para o chuveiro e para a celebração com champagne.

O evangelho declara que, não importa quão dedicados e devotos sejamos, não somos capazes de salvar a nós mesmos. O que Jesus fez foi suficiente.

O Evangelho Maltrapilho
Brennan Manning
Editora Mundo Cristão

Que pena que as pessoas não enxergam.
Muito bom para fazer uma introspecção.
Wagner

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