Falando Sobre Vocação Ministerial
Numa vocação específica apesar de ser diferente em cada pessoa, ela possui em si uma certa uniformidade estrutural. Primeiro Deus nos chama, depois inquietos com o mistério que a graça provoca naquele que está sendo chamado, a pessoa provocada parte para entender o que verdadeiramente lhe inquieta, e, conseqüentemente acaba passando para o dinamismo do discernimento, em seguida por uma preparação, opção e resposta assumida como missão.
Vejam que o processo se dá praticamente em quatro etapas. Deus que chama. O homem que busca a Deus. O homem que se converte, recebe um sinal eficaz. E por fim o homem que se compromete com uma missão. Este tipo de processo se encaixa com muita precisão nas vocações bíblicas, vocações de santos, vocações em geral.
Daí é perfeitamente aceitável, quando o relato vocacional de alguém venha também a nos fazer pensar na nossa específica. Aqui no nosso caso temos a quase definitiva certeza de que muitos dos nossos leitores partilhem conosco desta mesma idéia, quando essa estrutura se aproximar em certa semelhança de suas próprias experiências.
Mas, naquilo que é essencial e profundamente substancioso nos relatos em comum, insistimos mais uma vez, que a experiência de cada um em particular e a forma como a Graça nos chama se processa como uma única realidade para cada pessoa em especial. Isto tudo se dá no chamado tempo da Graça, seja na etapa do discernimento, no âmbito formativo ou na vivência ministerial se tratando no caso do sacerdócio.
O importante aqui neste momento, é sermos de certa forma o mais preciso possível na reavaliação e releitura da caminhada, procurando ser sincero naquilo que é essencial que certamente faremos daqui a diante, acentuando mais os pontos de luzes do que os que nos pareceram mais sombrios e vazios em algumas incertezas que se cruzaram ou cruzarem no mesmo processo até o momento atual.
Acontece ou deveria acontecer primeiro dentro da gente.
Pense nisso
Wagner
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