sábado, 3 de outubro de 2009

Falar de Cristo é Facil; Vive-lo na Essência é Dificil


Falar de Cristo é Fácil; Vive-lo na Essência é Difícil


O Cristo sem a Cruz fincada na realidade iluminada pela ressurreição. A cruz pregada nas instituições “igrejas”, é na verdade uma espécie de brinquedo de criança que constantemente levam seus consumidores a vitrine midiática, discutindo suas vantagens e desvantagens numa linha mais para a teologia da prosperidade que visa um certo retorno de bênçãos num tom bem mais verde, como são as notas daqueles seus costumeiros dólares americanos. Mas, um Cristo assim, bem light, que fala com sotaque inglês, sem um certo sacrifício solidário, para que se reconcilie com o mundo, consigo mesmo, com o outro, e, com o próprio Deus, não passa de um itinerante pregador barato, meio afeminado, descolorido em si que merece a popularidade apenas pelo seu romântico Sermão da Montanha, mas que merece também a impopularidade tanto pelo que afirmou acerca da sua divindade, como pela sua doutrina sobre o divórcio, juízo e inferno.

Este Cristo meramente sentimental, com sabor de Coca-Cola, salgado feito batatas fritas, recortado num fundo de mil lugares, sustentado por etimologistas acadêmicos, incapazes até mesmo de ver a Palavra, ou deformado, até perder a fisionomia pessoal, pelo princípio dogmático de que tudo o que é divino tem necessidade de ser mito; é na verdade apenas um instrumento de marketing, reduzido a um mero clichê de que “Deus é Dez” negando-o em si a sua infinitude, aos caprichos do consumismo moderno. Um Deus assim, não pode mesmo resolver os conflitos do coração humano.
Sem a sua Cruz, fincada na realidade e iluminada pela Ressurreição, o “Cristo da Coca-Cola” não passa então de um ardente percursor da pseudo democracia, sempre simbolizada numa velha estátua da liberdade (que de liberdade não tem nada), ou de um humanitário propugnador da fraternidade sem lágrimas ou risos.

O problema agora é este: A Cruz que o comunismo perdeu quando sustentava nas mãos os muros de Berlim, não encontrou o Cristo primeiro que “o Cristo sentimental garoto propaganda da Coca-Cola”, do mundo Ocidental americano?
Cadê a Cruz redentora que o “Cristo da Coca-Cola” poderá trazer para aqueles que viram seus amigos soterrados nos acontecimentos terroristas daquele tão fatídico 11 de Setembro de 2001?

O grande teólogo Moltmann diria nesta circunstância: Ali, o Cristo também morre soterrado!

Não podemos encontrar o Cristo assim, fugindo da realidade dos acontecimentos históricos, saindo do seu seguimento e dando um não descarado a sua causa. É preciso ir à busca daquele “Jesus histórico” que se encontra sentado à mesa comum dos nossos pobres da última hora, para entender sua vida e sua proposta de amor na vida destes nossos mesmos irmãos. Só poderemos tocar verdadeiramente no Jesus histórico se soubermos tocar solidariamente no histórico, real e gritante mundo de nossos pobres!

Damasceno Penna

Bom para refletir
Wagner

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